Minutos depois de ser levado como refém por supostos assaltantes, Bruno Araújo Dincal, 27 anos, foi assassinado a tiros e carbonizado ao lado do Gol placa MGP-2608, de Joinville (SC).
O crime aconteceu no fim da Rua dos Palmenses, no São Miguel, Cidade Industrial, por volta de 21h de terça-feira. Bruno estava acompanhado da esposa e da filha, que foram tiradas do carro pelos bandidos e deixadas para trás.
Policiais militares do 13.º Batalhão patrulhavam a região e foram chamados pelos funcionários de um posto de combustível, onde a mulher e a criança foram pedir ajuda.
Alguns minutos depois, pelo rádio da PM, o operador solicitou uma viatura para acompanhar os bombeiros, chamados para apagar incêndio em um carro, supostamente com uma vítima.
Negócio
Segundo o capitão Cavalheiro, do 13.º BPM, o casal, natural de Joinville, veio para a Curitiba comprar uma casa. De acordo com o relato da esposa, “Bruno” não havia trazido dinheiro, pois iria emprestar de um amigo.
Depois de ver a casa, na Rua Xambrê, eles pararam para conversar com uma mulher, identificada com o Bianca, conforme anotado pela Delegacia de Homicídios.
O casal estavam entrando no carro, quando foi abordado por dois homens armados. “Eles liberaram a mulher e a criança e, em seguida, levaram Bruno para o local da execução. Ele foi morto a tiros e incendiado”, explicou o oficial.
Segundo o capitão, a mulher de Bruno confirmou que ele já havia cumprido pena por tráfico de drogas em Santa Catarina, mas garantiu que agora ele estava “limpo” (sem dever nada à Justiça).
Fogo
Uma moradora, que não quis se identificar, conto que a rua onde o homem foi morto é sem saída e somente os moradores das chácaras passam por ali, principalmente durante a noite.
“Já estava deitada quando ouvi o barulho do carro e, logo em seguida, cinco tiros. A gente esperou um pouco e quando viu o carro estava pegando fogo e o corpo do homem queimando do lado de fora do veículo”, contou a mulher.
Investigadores da Delegacia de Homicídios, responsável pela investigação, estiveram no local, ouviram algumas pessoas e, nos próximos dias, devem ouvir a esposa e outras pessoas com quem a vítima se relacionava. Se for confirmada a hipótese de assalto, a investigação deve ficar a cargo da Delegacia de Furtos e Roubos.