Assassinado a tiros embaixo de viaduto

Um jovem, de aproximadamente 25 anos, sem documentos de identificação, conhecido apenas como “Maguila”, foi encontrado morto embaixo do viaduto da Avenida Affonso Camargo, perto da Rodoferroviária, por volta de 14h30 de ontem. Segundo a polícia, testemunhas disseram ter ouvido quatro tiros e encontraram o rapaz caído de bruços.

Ainda segundo a polícia, muitas pessoas passam a noite naquele local e o consumo de drogas e a prostituição são práticas frequentes. Um rapaz, identificado apenas como Robson, disse que “Maguila” praticava pequenos furtos para sustentar o vício no crack.

“Não sei quem o matou. Ele pegava droga dos piás da Vila das Torres. Acho que não pagou e acabou desse jeito”, supôs o rapaz, sem dizer quem seriam os “piás”.

Marmitex

Robson contou que “Maguila”, recentemente, esfaqueou uma moça, identificada como “Grilo”, “moradora” do viaduto. “Ela estava com um marmitex e ele tentou roubá-lo.

Isso foi há quase um mês e ela ainda está internada”, completou. Ele disse também que “Maguila” é paulista e a esposa dele, conhecida apenas como Regina, foi presa por tráfico de drogas.

Segundo o investigador Lopes, da Delegacia de Homicídios, “Maguila” foi assassinado com dois tiros no peito, e somente depois que ele for identificado no Instituto Médico-Legal as investigações vão começar. O jovem era negro, aparentando 25 anos, com 1,70 metro, cerca de 65 quilos, e trajava calça azul, bermuda preta e blusa de moletom preto.

Crimes geraram lendas

O local já foi usado como restaurante popular e possui diversas peças, vários banheiros e outros salões maiores. Em todos os ambientes a sujeira e o mau cheiro tomaram conta. Robson disse que muitos moradores de rua deixaram de frequentar o local, porque algumas pessoas disseram ter visto fantasmas no mocó.

“Eu não venho aqui à noite. Ouvi falar que muitas pessoas foram assassinadas aqui e um rapaz disse que viu o capeta encarnado. Depois disso ele desapareceu”, relatou o Robson assustado.

A polícia disse que o mocó é frequentado por usuários de drogas e, mesmo com as constantes batidas policias, é comum pessoas serem agredidas ou assassinadas embaixo do viaduto.

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