Assassinada namorada de traficante

Horas depois de ter testemunhado o assassinato do namorado, a jovem Ana Paula Jansen, 18 anos, foi morta com um tiro no rosto, no Sítio Cercado, em Curitiba. O crime aconteceu às 11h30 de ontem, próximo a um campo de futebol, na Praça São João Del Rey. Na noite anterior, Rafael Silva Ferreira, 21 anos, foi eecutado com dois tiros na cabeça na Rua Tijucas do Sul, a poucos metros da praça. A menina teria sido morta porque, segundo moradores da região, reconheceu os assassinos do namorado.

Durante a madrugada, Ana Paula contou que ouviu três disparos a uma quadra de onde estava, por volta das 23h30. Quando foi até o local, percebeu que seu namorado, Rafael, havia sido atingido e já estava sem vida. Aos policiais ela disse que viu três homens fugirem num Voyage preto e numa moto azul. O perito Elvio, do Instituto de Criminalística, constatou que Rafael foi atingido por dois tiros na cabeça e um projétil de revólver calibre 38 foi encontrado próximo ao corpo.

No final da manhã de ontem, testemunhas contaram que, enquanto Ana Paula lamentava a morte do namorado, chorando sobre um muro, três homens chegaram e a arrastaram até o outro lado da praça e a executaram. ?Estão dizendo que ouviram dois tiros, mas só constatamos uma perfuração no lado direito do rosto?, contou o soldado Maia, do 17.º Batalhão da Polícia Militar. Ao lado do corpo da vítima, o policial encontrou um cartucho de pistola 765.

Próximos à cena do crime, moradores comentavam que nenhuma das duas vítimas moravam por ali. ?Rafael morava no Rio Negro e Ana Paula no Xapinhal?, contou um rapaz, que não quis se identificar. Na praça ninguém quis falar sobre os autores dos crimes, com medo de sofrerem represálias. ?A morte dela foi queima de arquivo. Morreu porque sabia quem matou o namorado?, disse. Também foi comentado, no local, que a menina estaria grávida.

No boletim de ocorrência registrado na Delegacia de Homicídios, Ana Paula declarou que o namorado era traficante na região. ?De acordo com ela, Rafael comprava e vendia pedras de crack. Provavelmente foi morto devido a um acerto de contas ou briga por ponto de venda de drogas?, acredita a delegada Iara Dechiche. As investigações devem proceder no sentido de confirmar se os assassinos de Rafael são os mesmos que mataram Ana Paula.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo