Um garotinho de apenas 11 anos presenciou o assassinato de sua mãe na noite de domingo, quando um homem encapuzado e armado invadiu a casa da família e atirou contra todos que estavam lá. Além de Rosana do Rocio Silveira Campos, 34 anos, os amigos do marido dela, Gilberto Claudino, 35, e um rapaz identificado apenas como Marcos, de aproximadamente 25 anos, foram assassinados. O menino e seu pai, Francisco Campos, conseguiram sair ilesos. O triplo assassinato aconteceu na Rua Júlio Salsamendi, 650, Moradias Santa Rita, Tatuquara, às 23h30.
Rosana, Francisco, o filho do casal, Marcos e Gilberto Claudino, estavam na sala, quando, de repente, alguém atirou contra a porta, que só estava encostada. Em seguida, um homem encapuzado entrou e começou a atirar. Gilberto não teve tempo de fugir e morreu sentado no sofá. Rosana e Marcos correram para um dos quartos, mas foram perseguidos pelo assassino. Ela foi baleada e caiu ao lado da cama. Marcos tentou se proteger atrás da mulher, mas não escapou.
O filho de Rosana e seu pai conseguiram escapar.
Depois de matar os três, o assassino fugiu.
Testemunhas contaram que o criminoso chegou na casa acompanhado de dois homens, que deram cobertura na fuga, e permaneceram o tempo todo do lado de fora da residência. O marido de Rosana disse que não foi possível ver quem era o atirador, porque um capuz lhe cobria o rosto e tudo aconteceu muito rápido.
"Eu estava sentado na sala, mas nem deu tempo de ver a cara dele, porque cada um correu para um lado. A gente sempre teve amizade com todos. Só Deus para explicar o que aconteceu. Marcos e Gilberto eram meus amigos e iam pousar na minha casa. Graças a Deus meu filho sobreviveu, mas ficou sem a mãe", disse Francisco.
Motivos
Porém, policiais da Delegacia de Homicídios apuraram que, na tarde de domingo, Rosana e a proprietária da casa onde a família mora, tiveram uma discussão. A mulher queria que a família desocupasse o imóvel, para que ela voltasse a morar na casa com seu ex-marido, foragido da Colônia Penal Agrícola. A polícia investiga a possível participação dele nos crimes.
O delegado Carlos Roberto Bacilla acredita que a briga tenha motivado o crime. Ele disse que já tem o nome do suspeito, mas prefere não divulgá-lo para não atrapalhar o trabalho policial. "Essa é apenas uma das linhas de investigação. Também consideramos outras hipóteses", adiantou Bacilla.