Assassinada após a festa

A desempregada Sueli Ângelo Cruz, 25 anos, buscou refúgio na casa de uma amiga depois de meter-se em confusão com um grupo de rapazes. Pensou estar em segurança, mas foi assassinada em pleno sono com um tiro na cabeça, às 7h de ontem, na Rua Antônio Conselheiro, Vila Santa Maria, em Fazenda Rio Grande. Um menino de 14 anos, que não tinha envolvimento com a briga anterior, é apontado como autor do disparo fatal.

Na noite de sábado, Sueli promoveu uma festa na casa dela, que fica no mesmo bairro onde foi morta. O evento não terminou bem: a mulher brigou com alguns jovens, teve a residência depredada e foi ameaçada. Com medo, apanhou o casal de filhos, de 5 e 6 anos, e refugiou-se na casa da amiga Rosângela Martins, 28 anos.

Rosângela também costumava abrigar em sua moradia um garoto de 14 anos, ameaçado por outros jovens do bairro. “Ele tem medo de andar na rua. Sábado, dormiu no mato e bateu na minha porta às 6h30 de domingo, com uma espingarda na mão”, contou a mulher. O rapaz obteve permissão para entrar na casa, onde dormiam a proprietária num quarto e Sueli e os filhos em outro. Perto das 7h, Rosângela escutou um disparo. “Acordei com o barulho e mandei o menino embora. Ele me olhou de um jeito estranho e saiu. Só depois vi o sangue no chão”, afirmou a dona da residência. Ainda na cama, ao lado dos filhos, Sueli foi atingida com um tiro na testa e morreu na hora.

Arma

O chefe da equipe de investigadores de Fazenda Rio Grande, Elíbio Menezes, localizou a mãe do acusado, que mora duas quadras adiante, mas ela não soube informar o paradeiro do filho. A mulher contou que internou o adolescente numa clínica de recuperação de São José dos Pinhais há dois meses. “Ele não queria ficar em casa e o mandei para lá. Quando ele saiu, quarta-feira passada, não quis mais saber de mim e foi para a casa da Rosângela”, disse a mãe, que desconfia do envolvimento do garoto com drogas. Ela foi orientada pelo policial a apresentar o filho à delegacia de Fazenda Rio Grande.

Segundo a proprietária da casa onde ocorreu o crime, suspeito e vítima se conheciam e tinham bom relacionamento. “Ele não tinha nenhum motivo para atirar nela. Acho que foi acidente”, acredita. A arma usada no assassinato, que teria sido fornecida ao menino por um cunhado da própria Sueli, para que ele se protegesse dos garotos que o perseguiam, não foi localizada pela polícia.

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