Juliane dos Santos Alves da Cruz, 25 anos, foi encontrada morta a facadas, no início da manhã de ontem, às margens do Rio Belém, embaixo do Viaduto Capanema, Rebouças.
Populares que passavam pela Rua Engenheiros Rebouças avistaram, por volta das 7h10, o corpo boiando no rio, ao lado do estádio Durival Britto. O local, conforme a polícia e a vizinhança, é frequentado por andarilhos, usuários de droga, garotas de programa e travestis.
Manchas de sangue no barranco do rio indicavam que a mulher foi morta no local e arremessada na água. Pela rigidez cadavérica, o crime aconteceu no início da noite anterior, conforme constatou o delegado Sivanei de Almeida Gomes, da Delegacia de Homicídios.
O cadáver foi retirado da água por volta das 8h45 pelos bombeiros e encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML). Familiares de Juliane estiveram na delegacia à tarde.
Contaram que ela era viciada em drogas e há oito anos saiu de casa. Por conta do vício, mantinha pouco contato com a família, que se esforçou para vê-la longe das drogas e a internou várias vezes. Mas nenhum dos tratamentos deu certo.
Droga
A dona de uma casa de frente para o rio, que mora na residência há mais de 40 anos, não se admirou em ver mais um corpo boiando no córrego. Segundo ela, o tráfico e a prostituição perto do viaduto são situações corriqueiras e várias pessoas já foram mortas e jogadas no rio.
“O tráfico não tem hora. Eles não incomodam e às vezes vêm pedir água. Percebo também várias meninas, de 13 e 14 anos, se prostituindo aqui na região principalmente de quatro anos pra cá”.