Com uma ordem judicial, Sônia Maria Zeni Prosdócimo, 58 anos, deixou a carceragem do 9.º Distrito Policial para acompanhar o enterro do filho, Márcio Zeni Prosdócimo, 34, ocorrido no último domingo, no Cemitério Santa Cândida. Mãe e filho foram presos depois de confessar ter arquitetado e executado o assassinato de Arnaldo Zeni, 86, e Irmgardt Odette Bernert Zeni, 78, – avós de Márcio e pais de Sônia.

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Márcio estava recolhido no Centro de Observação Criminológica e Triagem (COT), quando passou mal e morreu no último sábado, vítima de problemas no pulmão. A mãe dele recebeu autorização do juiz substituto da Vara de Inquéritos Policiais, Wolfgang Werner Jahnke, para ver o filho pela última vez. Escoltada, Sônia foi até o cemitério, onde permaneceu cerca de 20 minutos. Em seguida, voltou para a cela que divide com outras sete presas, na carceragem onde há 78 mulheres. "Ela demonstrou bastante frieza no velório. Quando foi presa, Sônia sofreu com as outras detentas, pois elas não aceitam aquelas que matam membros da própria família. Hoje, a convivência já está melhor", finalizou o superintendente Jahfar Sadek.

Márcio e sua mãe confessaram o crime, afirmando que não suportavam mais o autoritarismo do casal idoso e que isso atrapalhava suas vidas. Os assassinos moravam no mesmo terreno do casal morto, porém na casa dos fundos. Márcio matou o avô por sufocamento, colocando-lhe meias na boca, além de apertar-lhe o nariz e usar um travesseiro. Já Irmgardt também foi asfixiada com filme plástico de embalar alimentos enrolado na cabeça, além de receber choques de 220 volts. (PC e GU)

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