Pais de alunos que estudam no Positivo Junior, localizado no Champagnat, em Curitiba, estão preocupados com a falta de segurança no entorno do colégio. Segundo eles, nos últimos meses, diversos estudantes foram assaltados na entrada ou na saída da escola, inclusive à mão armada.
O filho da professora Luzia Bretas Moreira, de 13 anos de idade, foi uma das vítimas. Em agosto, ele estava chegando no colégio, no início da tarde, e teve uma arma apontada para a própria cabeça. Esta semana, no mesmo horário, foi assaltado novamente na companhia de três colegas.
“Na primeira vez, meu filho percebeu que ia ser assaltado e tentou correr, mas o assaltante apontou a arma e acabou levando pasta, celular e dinheiro. Meu filho chegou na escola tremendo. Não há segurança nenhuma nos arredores da instituição”, afirma.
Luzia conta que, após o primeiro assalto, entrou em contato com a Polícia Militar (PM) para relatar o que havia acontecido e descobriu que, na região, havia uma viatura da patrulha escolar para atender as instituições de ensino dos bairros Champagnat, Mercês e Santa Felicidade.
“Nesses locais existem dezenas de escolas e uma única viatura é muito pouco. Além disso, acredito que o uniforme da instituição acabou virando um chamariz para que os alunos sejam assaltados. Os ladrões sabem que quem estuda no colégio geralmente tem condições financeiras um pouco melhor”, comenta.
O filho da também professora Irene Figueira Pereira estava na companhia do filho de Luzia no assalto ocorrido na semana passada. Irene conta que o menino ainda está bastante assustado e com medo de ir à escola sozinho.
“Moramos a três quadras do colégio. Por isso, quando não podíamos levá-lo, ele ia sozinho, a pé. Agora, não quer mais fazer isso. Temos que levá-lo todo dia até a porta da escola e ele passou a andar com um salmo dentro da mochila para proteção. A região do Champagnat está muito perigosa”, diz. O filho de Irene também tem 13 anos.
Positivo e PM
Com o objetivo de prevenir assaltos, o Positivo esclarece que orienta seus alunos para que cuidem de seus pertences pessoais, andem em grupos e fiquem atentos em relação à presença de pessoas estranhas nos arredores da escola.
“A direção das escolas Positivo está em contato constante com associações de moradores e comerciantes para que, juntos, peçam maior policiamento nos locais. Em outubro, membros da patrulha escolar estiveram dando orientações, em sala de aula, sobre a segurança nas ruas, a todos os alunos. Na próxima semana, já está agendada uma reunião com a Secretaria de Segurança Pública para discutir estratégias de proteção na região.”
Já a Polícia Militar (PM), informa, através de sua assessoria de imprensa, que tem conhecimento de alguns casos de violência ocorridos perto do Positivo e que existem planos de intensificação dos trabalhos de segurança na região. Porém, eles ainda não podem ser detalhados.
