Assaltos a ônibus de viagem ainda assustam

No último mês de dezembro, só na região de Maringá, foram registrados cinco assaltos a ônibus de viagem em um período de sete dias. Apesar de não haver estatísticas sobre esse tipo de ocorrência no Paraná, nem das polícias rodoviárias Estadual e Federal, nem da Secretaria de Estado da Segurança Pública, sabe-se que esse tipo de caso não é incomum.

Tanto que os assaltos estão entre as maiores preocupações de quem viaja de ônibus. Segundo o tenente Sheldon Keller Vortolin, da Polícia Rodoviária Estadual, não costuma existir um padrão nos assaltos, que podem ocorrer em diversas épocas do ano e em diferentes horários.

Porém, as rodovias onde há maior incidência geralmente são aquelas que passam por regiões de fronteira. “Em 2007, aconteciam dois ou três assaltos por semana. Hoje, embora não existam dados, sabemos que a situação é bem melhor, pois são realizadas uma série de ações de combate às ocorrências”, afirma. “Já houve até confronto armado entre policiais e integrantes de quadrilhas de assalto a ônibus”, conta.

O chefe de operações da Polícia Rodoviária Federal, inspetor Marcelo Cidade, cita a região de Foz do Iguaçu como uma das mais preocupantes em relação a assaltos.

“Lá a preocupação é grande devido à quantidade de sacoleiros em atividade. Entre 2009 e 2010, também nos preocupamos muito com a região da Lapa, onde foram registrados dez assaltos. No local, sacoleiros vindos de Santa Catarina passavam em direção a São Paulo. Porém, o problema já foi resolvido”, comenta.

Bloqueios

Muitas vezes, para realizar os assaltos, os marginais bloqueiam os ônibus nas estradas e os fazem parar, rendendo passageiros e motorista. Também já houve casos de integrantes das quadrilhas que estavam dentro dos ônibus, disfarçados de passageiros comuns e revelando-se assaltantes em determinados trechos da viagem.

“Recomendo aos passageiros que avisem a polícia caso percebam alguém com atitude estranha dentro do ônibus. Porém, isso deve ser feito de forma segura, sem se colocar em situação de risco. Se o assalto for consumado, não se deve reagir”, diz Vortolin.

Dicas

Outras dicas para evitar transtornos com assaltos é embarcar apenas em ônibus de empresas idôneas, levar a menor quantidade de dinheiro possível na bagagem – deixando para fazer saques em caixas eletrônicos da cidade de destino – e não viajar exibindo joias e outros objetos de valor.

“Também orientamos as empresas de ônibus e de turismo para que seus veículos andem em comboio, parem em postos da polícia rodoviária e, quando possível, adotem segurança privada”, declara Cidade.

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