Enquanto a Polícia Civil acredita que o assalto ocorrido na convenção do Partido Socialista Brasileiro (PSB), anteontem, em Campina Grande do Sul, não teve motivação política, o Ministério Público levanta suspeitas contrárias.
Representantes do MP participaram, ontem à tarde, de reunião no Fórum do município para acompanhar as investigações. Outros casos de assaltos não tiveram a mesma atenção das autoridades. Portanto, a atitude do MP reporta à possibilidade de um atentado político.
O caso é investigado pela delegacia local e pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope). “As hipóteses de atentado político podem ser reduzidas pelo amadorismo dos assaltantes durante a ação”, disse a delegada Margareth Alferes Motta, de Campina Grande do Sul.
Moradores
Ela explicou que os bandidos – que podem ser dois – invadiram de forma desordenada o local em que estava reunido um grande número de pessoas. “Acreditamos serem moradores locais, que sabiam quem seriam os responsáveis pelas finanças do partido”, disse Margareth.
O procurador-geral de Justiça, Olympio de Sá Sotto Maior Neto, e o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias Eleitorais, procurador Bruno Sérgio Galatti, estiveram em Campina Grande do Sul para se certificar que as investigações apontem a verdadeira motivação do crime. O PSB acredita em atentado contra a vida do candidato a prefeito Luiz Carlos Assunção, e alegou que não havia dinheiro no local.
Roubo
Margareth apurou que uma mulher foi rendida na entrada da chácara, onde era realizada a reunião. Assim que os bandidos entraram com a vítima, com uma arma apontada à cabeça, um dos marginais chamou por Luiz Assunção e o tesoureiro do partido.
Ao perceber que era procurado, o candidato e outras pessoas pularam uma janela, com oito metros de altura. Assunção teve deslocamento da bacia, e foi levado ao hospital. Os bandidos roubaram pertences das vítimas, inclusive a carteira do tesoureiro.
