Estão presos dois suspeitos do assalto a uma lotérica no Santa Cândida, no final da tarde de terça-feira, que terminou com uma pessoa baleada. A polícia chegou até David Pereira da Silva Júnior, 19 anos, e o tio dele, Edmilson Euzébio Oliveira, 23, pela placa do carro que usavam, pertencente ao pai de David.

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Na casa, na Vila Lindoia, eles foram reconhecidos pelas imagens de segurança da lotérica e do mercado. Na delegacia, confessaram o crime. Outros dois integrantes da quadrilha continuam foragidos.

Os quatro rapazes chegaram à lotérica em uma Marajó. David estava dirigindo e era responsável pela fuga depois do crime. Edmilson e os outros dois entraram para fazer o assalto.

“Eu e meu tio estávamos no bar quando chegaram os outros dois e convidaram a gente para ‘levantar uma grana’. Nós dois estamos desempregados e aceitamos”, contou David. Ele disse que ficou no carro, mas quando viu a polícia na área ficou nervoso e bateu em um ônibus.

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Baleado

Quando os três saíam da lotérica, o proprietário de uma loja de materiais elétricos, em frente, correu armado atrás dos bandidos. Segundo um policial militar do Comando Motos do 12.º Batalhão, o comerciante foi confundido, pois estava com a arma em punho e virou-se para os policiais.

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Alício Martins Brás foi encaminhado para o Hospital Angelina Caron, já deixou a Unidade de Terapia Intensiva e não corre risco de morte. A polícia apura se o pai de David sabia do assalto, já que registrou queixa de furto do carro, depois do crime.

Inquérito

Janaina Monteiro e Fábio Schatzmann

A Polícia Militar já abriu inquérito policial-militar (IPM) para verificar a conduta do soldado Arraes, do 12.º BPM, que baleou Alício. “Identifiquei-me como policial, mas como ele não parou acreditei que se tratava de um dos marginais e disparei”, relatou o soldado.

Para o major Everon Puchetti, chefe da Comunicação Social da PM, serão ouvidas testemunhas, vizinhos, o policial e a vítima do disparo. “Só depois é que poderemos julgar a atitude do policial.”