Foto: Alberto Melnechuky

Carro do sargento e paredes mostravam a violência do confronto.

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Um morto e quatro feridos foi o resultado do assalto contra uma farmácia, na Estrada das Olarias, Santa Cândida, às 20h de ontem. O sargento Robersi Bordion, do 20.º Batalhão da Polícia Militar, reagiu ao roubo e foi baleado na coxa.

No confronto, um dos assaltantes morreu e outro ficou ferido. O balconista João Luís Rosário Siqueira, 42 anos, levou um tiro no peito e a proprietária da farmácia, Rosemeire, 38 anos, quebrou o pé.

Os feridos e o ladrão morto foram levados pelo Siate ao Hospital Cajuru. O assaltante baleado conseguiu fugir.

Uma motocicleta twister, ocupada por dois rapazes, encostou em frente à farmácia, mas apenas o garupa entrou. Percebendo que seriam assaltadas, a farmacêutica e a proprietária se esconderam nos fundos do estabelecimento.

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Para escapar, Rosemeire pulou o muro e quebrou o pé. Depois telefonou para uma vizinha, pedindo para que ela avisasse a polícia sobre o assalto. João permaneceu no balcão.

Tiroteio

O rapaz anunciou o roubo e pediu que o dinheiro fosse entregue. Ele pegou R$ 50,00 do caixa e estava saindo, quando o sargento estacionou seu Corsa em frente da farmácia. Percebendo que ocorria um assalto, ele trocou tiros com os bandidos, antes mesmo de descer do carro.

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João tentou se esconder atrás do balcão, mas foi ferido com um tiro no peito, provavelmente disparado pelo policial, que estava do lado de fora. O confronto ficou marcado na lataria do carro e nas paredes da farmácia. O piloto da Twister conseguiu escapar, mesmo baleado.

Testemunhas informaram que um dos assaltantes, aparentando 20 anos, tombou morto no local. Diversas viaturas da PM e do Siate atenderam a ocorrência. Um veículo do Instituto de Criminalística e outro do Instituto Médico-Legal (IML) também foram até a farmácia, mas o corpo já tinha sido recolhido.

Freguesia indesejável

Esta foi a 20.ª vez que a Farmakat é vítima de ladrões. O proprietário, Luís Carlos Antônio, marido de Rosemeire, ameaça fechar as portas. ?Há sete anos, balearam um amigo meu. Agora, um funcionário e um policial, que estava chegando. Quando o prejuízo é só material a gente releva?, comentou. Segundo relatou, normalmente os bandidos atacam entre 19h e 20h.

Não é só a farmácia que é assaltada naquela região. ?Levei um chute durante um assalto, recentemente?, disse uma cabeleireira, de 40 anos. ?Polícia, aqui, a gente nem vê. Está cheio, agora, porque balearam um policial, mas normalmente não passam viaturas por aqui?, completou, em frente à farmácia assaltada.