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| Alcy foi buscar a sobrinha? |
Uma tentativa de assalto, ocorrida na tarde de sábado, pôs fim à vida do subtenente reformado da Polícia Militar Alcy Ribeiro Deolindo, 57 anos. Ele foi assassinado com um tiro no peito por volta das 15h, quando apanhava sua sobrinha de oito anos para dar uma volta de motocicleta. O crime aconteceu no portão da casa da menina, situada na Rua Cônego Anibal Maria Difrância, Uberaba. Um suspeito foi detido por policiais militares, pouco tempo depois do crime.
Deolindo já havia colocado seu capacete e a menina estava em cima da motocicleta CG 150 azul, placa ALY-9699, quando eles foram abordados por um indivíduo armado. Segundo a criança, ela desceu do veículo e saiu correndo para casa assim que recebeu a seguinte ordem do assaltante: "tira o pezinho da moto". Em seguida, ela ouviu um tiro e, ao olhar para trás, avistou seu tio morto.
Segundo o relato da mãe da menina e cunhada da vítima aos policiais da Delegacia de Homicídios, uma testemunha contou que viu quando o marginal atirou e depois correu a pé sentido à Avenida Comendador Franco. Ele foi resgatado por um comparsa que acompanhava o assalto, com uma motocicleta CG 125, de cor vermelha. A testemunha, que não conseguiu anotar a placa do veículo, também contou que viu quando ele colocou as mãos na cabeça ao avistar Deolindo morto, recriminando a atitude do companheiro.
Preso
Seguindo as pistas, policiais militares realizaram buscas pela região, onde encontraram um suspeito. O adolescente de 17 anos, morador de Colombo, foi reconhecido e encaminhado à Delegacia do Adolescente. Ele negou qualquer participação na morte do policial e afirmou que estava na região visitando uma prima. Como ele foi encontrado sem arma, a polícia deverá solicitar exames de parafina para identificar se há resquícios de pólvora em suas mãos. Apesar das evidências, o caso continua a ser investigado pela Delegacia de Homicídios.
De acordo com policiais militares, Deolindo havia trabalhado em torno de 30 anos na corporação. Em muitos deles, o policial esteve lotado no 12.º Batalhão de Polícia Militar, de onde foi transferido para a Polícia Florestal. Deolindo trabalhou em Guraqueçaba, litoral paranaense, até se aposentar. Há poucos dias o policial havia retornado do Estado do Espírito Santo para Curitiba, onde permaneceu durante 30 dias cuidando dos pais enfermos. O velório aconteceu na capela da Associação da Vila Militar, no bairro Rebouças.
