Assaltante homicida volta ao xadrez

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Jefferson Antônio.

Jefferson Roberto Antônio, 31 anos, condenado por assalto e homicídio, achou a Justiça muito morosa. Então, por conta própria, "outorgou" a si mesmo a liberdade e em outubro de 2004 fugiu da Colônia Penal Agrícola (CPA), em Piraquara. Ontem, um denunciante anônimo o entregou à Polícia Militar, que o reconduziu ao sistema penitenciário.

O preso, condenado a 19 anos e 10 meses de detenção, acha que já deveria estar legalmente nas ruas. "Com menos de 10 anos de prisão, eu poderia ganhar a liberdade condicional. Mas só agora, depois de 13 anos, me mandaram para a Colônia Penal. A Justiça é lenta para uns e rápida para outros", reclama o preso, que passou os 13 anos entre a Prisão Provisória de Curitiba, no Ahu, e a Penitenciária Central do Estado (PCE), em regime fechado. Um mês depois de ser beneficiado pelo regime semi-aberto da CPA, escapou.

Na manhã de ontem, o serviço reservado do Comando de Policiamento da Capital averiguou uma denúncia anônima. "A informação apontava que um fugitivo estaria apavorando no bairro, andando armado", disse o tenente Alexandre Murbach, um dos responsáveis pela prisão. No endereço indicado – um barraco na Rua 2 da área de invasão do Conjunto Caiuá, CIC – Jefferson foi preso. Nenhuma arma foi apreendida.

Jefferson confessa ter cometido o assassinato pelo qual foi condenado. O crime ocorreu em 1992, no centro de Curitiba, e a vítima foi o comparsa do assalto a uma mansão no bairro do Batel. "O cara me entregou pra polícia e fui preso. Quando saí, matei ele (sic)", contou, friamente. Ele diz, porém, que a pessoa que o denunciou desta vez não terá o mesmo fim. "Minha cabeça mudou", garantiu.

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