Assaltante de tubos põe culpa na fome

Fome e desespero foram as justificativas dadas por Joélcio Paulo da Silva, 31 anos, para o assalto a duas estações-tubo, na Rua Marechal Floriano, Parolin, às 22h de quarta-feira. Ele disse ter trabalhado como jornalista até 1999 e, desde então, estava desempregado. Segundo o sargento Turra, do 13.º BPM, que o deteve, Joélcio é suspeito de outros assaltos.

Ele simulou estar armado e intimidou os cobradores das duas estações-tubo Parolin. “Ele gritava e ameaçava também as pessoas que esperavam os ônibus”, disse o sargento. Ao todo, foram roubados R$ 30,95 e três vales-transporte. “Ele é suspeito de outros assaltos semelhantes, naquela região”, completou o policial. Joélcio, porém, negou que tenha atacado outros tubos e admitiu ter uma passagem por furto, pelo 6.º DP (Cajuru). “Esse assalto eu assumo, os outros não fui eu”, afirmou.

Fome

“Eu vi minha filha chorando de fome, daí bateu o desespero. Não tinha nem leite, nem um quilo de comida em casa”, justificou, contando que mora com a mulher e duas filhas, de 5 e 3 anos, na Vila das Torres. Ele disse ter trabalhado em emissoras de rádio, como jornalista, mas estava desempregado nos últimos anos. Com ele, a PM encontrou duas identidades, uma pelo PR e outra por SC, e uma carteira de trabalho sem registros. Joélcio foi encaminhado ao 2.º DP (Rebouças).

Para o sargento Turra, o policiamento ostensivo é a forma de coibir os freqüentes assaltos a tubos. “Sem a polícia por perto, as estações tornam-se alvos frágeis e fica muito fácil para os bandidos agirem”, comentou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo