Em 3 de junho, o proprietário de um Astra viveu horas de terror nas mãos de dois assaltantes, que lhe tomaram como refém e fizeram saques em caixas eletrônicos, antes de fugir com o carro. Através de uma denúncia anônima, policiais da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos descobriram o veículo na Vila Marumbi, Uberaba, e prenderam o condutor Sérgio Roberto Faustino, 20 anos. Reconhecido pela vítima como autor do seqüestro-relâmpago, ele foi preso em flagrante depois de uma breve perseguição.
O Astra rodava com a placa GXW-7264, que na verdade pertencia a um Fiat Marea tomado em assalto em 16 de abril, no Novo Mundo. A DFRV não encontrou o Astra na casa informada pelo denunciante, mas, em trânsito pela Avenida do Trabalhador, fundos da subestação da Copel, localizou o carro. O motorista tentou despistar os policiais, acelerou e quatro quadras adiante bateu no meio-fio da avenida, parando no meio da pista.
Sérgio foi abordado e alegou desconhecer que o Astra fosse produto de assalto. Mais tarde, porém, foi reconhecido pelo dono do carro como um dos autores do roubo cometido em 3 de junho.
Filmado
“Depois do assalto, o proprietário foi abandonado e os autores fizeram compras com os cartões da vítima em vários locais. No Wal Mart, houve a filmagem da ação e a imagem de Sérgio foi gravada”, relatou o superintendente da DFRV Neimir Cristóvão, que já pediu uma cópia da fita à administração do supermercado.
A polícia acredita que Sérgio esteja envolvido no roubo do Marea – que até agora não foi achado – e de outros carros. “Ela já foi visto com um Palio, um Monza, um Astra e outros modelos”, disse Neimir, que investiga se o preso tem envolvimento com receptadores. Numa gaveta da casa de Sérgio a DFRV encontrou uma “micha” normalmente utilizada para furto de veículos.
Apesar das evidências, o acusado nega participação em assaltos. “O Astra era da minha cunhada. Se soubesse que era roubado, não iria rodar por aí”, disse, alegando que não esteve em supermercados e que a vítima equivocou-se ao reconhecê-lo. A polícia está atrás de um segundo indivíduo, identificado apenas como Luciano, que seria comparsa nas ações de Sérgio.
