Num período de dois meses, quatro agências do Unibanco foram assaltadas em Curitiba e região. O último roubo aconteceu na manhã de ontem, na agência instalada dentro da Ceasa, no Tatuquara, tão logo o banco abriu suas portas. Os bandidos levaram R$ 600,00 do caixa e a arma do vigilante. Ninguém se feriu. No local, a Polícia Militar, que chegou em seguida ao roubo, teve dificuldades em conseguir informações sobre os bandidos, para tentar localizá-los. O caso foi encaminhado ao Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), da Polícia Civil, que afirma já ter investigações adiantadas sobre o crime.

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De acordo com o delegado Miguel Stadler, do Cope, pouco depois das 10h, dois marginais armados com um revólver e uma pistola facilmente invadiram a agência, que não tem porta giratória nem detector de metais. Renderam o vigilante, tiraram sua arma e anunciaram o assalto aos cerca de dez clientes e funcionários que estavam no local. Após pegarem o dinheiro, fugiram a pé entre os corredores da Ceasa. Acredita-se que havia um ou mais indivíduos do lado de fora, dando cobertura, e que o bando fugiu de carro, parado num estacionamento particular próximo e que teria ido em direção à Terra Santa, no Tatuquara. Stadler afirmou que já possui várias pistas dos marginais.

Dificuldade

Logo em seguida ao roubo, policiais militares que atuam dentro da Ceasa, chegaram ao local. O coronel Carlos Alexandre Scheremeta, comandante do 13.º Batalhão da Polícia Militar, também chegou na seqüência e contou que o gerente da agência fechou as portas e não permitiu comunicação com os policiais, que buscavam informações dos marginais.

Mesmo com todas as câmeras de segurança instaladas pela Ceasa, com a vigilância particular que atua lá dentro, e dos policiais militares lotados no recente posto instalado no local, os marginais ainda ousam praticar crimes lá dentro. Scheremeta contou que as equipes do 13.º Batalhão vêm estudando a ação da bandidagem lá dentro. No entanto, ao mesmo passo que a inteligência acerca desses bandidos aumentou, os marginais também estão elaborando melhor seus crimes dentro da Ceasa. ?Estamos tentando barrar essa usadia. Temos estrutura suficiente para trabalhar na Ceasa, onde circulam entre 40 e 50 mil pessoas ao dia?, disse o comandante, sem revelar ao certo quando policiais militares trabalham na central.

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Ao contrário da Polícia Militar, investigadores do Cope afirmaram que foram bem recebidos pela gerência do banco e tiveram acesso a todas as informações solicitadas. O delegado garante que a prisão dos assaltantes deve ocorrer em poucos dias.