Celina e Beatriz Cordeiro Abagge receberam com surpresa a informação de que a 2.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná havia anulado a sentença de absolvição dada a elas em 1998. A notícia foi dada pelo advogado Osmann de Oliveira, que, em companhia do advogado Ronaldo Botelho, atuaram no caso defendendo as duas mulheres, acusadas de participar da morte do garoto Evandro Caetano, ocorrida em abril de 1992, em Guaratuba.

De acordo com Osmann, Celina e Beatriz não esperavam receber essa má notícia, principalmente Beatriz que estava recomeçando a sua vida, após ter convivido vários anos sob a acusação de homicídio. “Apesar da anulação, as duas têm consciência de que se tiver um novo julgamento, elas serão inocentadas novamente”, afirmou o defensor, lembrando que isso as tranqüiliza.

Osmann ressaltou que espera reverter a situação. “Vamos recorrer no próprio Tribunal de Justiça do Paraná e se for preciso iremos ao Supremo Tribunal de Justiça”, afirmou. O advogado adiantou que já está preparando novos recursos jurídicos e deve pedir um habbeas corpus que tem a finalidade de nulidade da decisão da Câmara Criminal. “Outras ações serão estudadas a partir da publicação do acórdão”, explicou.

Outra informação dada por Osmann é que o tribunal já havia determinado, anteriormente, o desaforamento do julgamento de São José dos Pinhais para Curitiba.

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