Arrombamentos assustam Shangrilá

O arrombamento de casas e estabelecimentos comerciais já está virando rotina no balneário de Shangrilá, no litoral do estado. Moradores, veranistas e comerciantes estão assustados e convivem com sensação intensa de insegurança.

?A situação está cada vez pior. Não dá mais para deixar a casa sozinha, nem durante o dia nem à noite?, comenta o pedreiro Donizete Domingo Ribeiro, que vive em Shangrilá há onze anos. ?Há pouco policiamento e, fora da temporada de verão, não vemos passar uma viatura pelas ruas.?

A residência de Donizete, localizada na Avenida Guarujá, foi arrombada há menos de um ano. Ele estava em um aniversário com a família e, quando chegou em casa, descobriu que vários objetos haviam sido roubados. ?Levaram televisão, aparelho de CD, relógio de pulso e toda a carne que havia na geladeira. Foi um transtorno.?

Ainda na Avenida Guarujá, a mercearia de Dirce Valério Soti já foi arrombada mais de uma vez. A última aconteceu há cerca de quatro meses, quando foram roubados vários sacos de pães. ?Uma vez, quebraram a mesa de sinuca que mantenho no estabelecimento e levaram trezentas fichas de R$ 0,50. A gente trabalha a semana inteira e, em menos de uma hora, os marginais levam tudo que a gente conquistou?, declara.

Mas os alvos preferidos dos bandidos costumam ser as construções dos veranistas. Entre estes, muitos descobrem o arrombamento quando chegam para passar final de semana ou feriado. Foi o que aconteceu com o auxiliar de impressora Ivonilson Ferreira Alves.

?Eu estava em Curitiba e um vizinho ligou dizendo que ladrões tinham entrado em minha casa de praia, na Rua Guarapuava. Quando cheguei em Shangrilá, a porta estava estourada e o aparelho de som havia sido levado. Só com isso meu prejuízo foi superior a R$ 800,00. Me incomodei bastante, consertei a porta e reforcei a segurança das janelas.?

Em muitas casas, muros estão sendo levantados, grades são colocadas e cercas de arame farpado estão sendo instaladas. ?Tenho dois cães pastores alemães que cuidam da segurança de minha casa. Porém, mantê-los não está sendo mais suficiente. Nas últimas duas vezes que tentaram entrar em minha casa, envenenaram um animal e quebraram a pata do outro, acho que na tentativa de afastá-lo. Depois disso, resolvi instalar alarme e deixar os muros mais altos?, conta a comerciante Eliane Elizabeth Cooper, que mora na Rua Maringá.

Policiamento

Ontem de manhã, a equipe de O Estado esteve no litoral, mas não conseguiu conversar com policiais que atuam na região. No balneário de Ipanema, a Delegacia de Polícia Civil estava fechada. Na sede da Polícia Militar, em Praia de Leste, a reportagem foi informada que a pessoa que poderia falar sobre os arrombamentos só estará à disposição para entrevista a partir de amanhã.

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