A juíza Suzana Massako Hirama Loreto de Oliveira, da 1.ª Vara Criminal, solicitou à 5.ª Vara Criminal a relação das armas apreendidas com o investigador da Polícia Civil Délcio Augusto Razera, preso sob a acusação de escuta telefônica ilegal, no dia 5 de setembro. O pedido foi feito após um dos advogados dos réus da Operação Tentáculos solicitar perícia nas armas para verificar se o tiro que matou o major Pedro Plocharski, 49 anos, no dia 28 de janeiro do ano passado, foi disparado de uma das armas apreendidas com o policial. A suspeita surgiu após a apreensão de arsenal com Razera, aliada ao seu depoimento na ação penal, que apura a participação de diversas pessoas na morte do major.
Em março deste ano, Délcio Razera foi ouvido na ação penal da Operação Tentáculos, como testemunha de defesa do advogado Peter Amaro de Souza, acusado de envolvimento no crime que vitimou o major Plocharski. Em seu depoimento, Razera informou que tinha conhecimento que ?a morte do major havia ocorrido por participação de policiais militares, que estavam sob o comando do major?.
Ele disse ainda que, na época, os policiais envolvidos estavam lotados no serviço reservado do 13.º BPM. Para a Justiça, o policial disse que tinha conhecimento dos fatos, porque estava lotado no Palácio Iguaçu e que a morte do major estava sendo tratada pela cúpula do governo.
Razera informou, ainda, em seu depoimento, que não conhecia o major Plocharski pessoalmente, mas que seu filho – tenente Razera – estava lotado no 13.º Batalhão e era o oficial do dia, quando ocorreu o crime. Ele contou que seu filho lhe informou que o major não perdoava nem pequenas irregularidades. Razera alegou ainda que o ?major não era pessoa popular?.