Chegou ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido de habeas corpus para que o auxiliar técnico Mauro César Fabrin responda o processo em liberdade. Ele foi preso junto com o policial civil Délcio Razera, acusado de chefiar um esquema de escutas telefônicas clandestinas contra membros do Judiciário, políticos e empresários. A prisão preventiva foi decretada pelo juiz da Vara Criminal de Campo Largo, Gaspar Luiz Mattos de Araújo.
Fabrin é acusado de interceptação ilegal de comunicações telefônicas e formação de quadrilha, num grupo liderado por Razera. Segundo o STF, o acusado trabalhava como atendente de uma companhia telefônica e a sua prisão foi decretada porque ele teria facilitado o acesso a dados cadastrais de assinantes do serviço de telefonia fixa para a quadrilha.
O advogado de Fabrin impetrou um pedido de habeas corpus no Tribunal de Justiça do Paraná, alegando a falta de fundamentação no decreto da prisão preventiva, além de afirmar que é réu primário, tem bons antecedentes, nunca foi indiciado em inquérito nem foi parte em processo criminal, além de ter emprego e residência fixa. Mas foi negado.
Razera também aguarda o resultado de um pedido de habeas corpus impetrado no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O acusado chegou a ser solto durante seis dias por uma confusão da Justiça. Passou o Natal com a família, mas teve que voltar à prisão. Junto com eles outras cinco pessoas foram presas pela Promotoria de Investigação Criminal (PIC), no dia 5 de setembro, depois de oito meses de investigação.
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