Juliano Duarte é acusado de matar casal na Vila Macedo. |
Um dia depois do assassinato de um casal na Vila Macedo, a polícia de Piraquara apresentou um dos acusados do crime. Juliano Palhano Duarte, 21 anos, nega ter efetuado os disparos, mas reconhece que acompanhou os assassinos do pedreiro Gilmar Wojcik, 33 anos, e da mulher deste, a empregada doméstica Roseli de Almeida Bueno, 31. No quintal da casa dele a polícia encontrou, enterrada, a arma do crime. Tráfico de drogas e ciúme misturam-se na trama que culminou com o duplo homicídio, ocorrido no final da madrugada de quarta-feira.
Juliano admite que acompanhou dois menores de idade em direção à casa de Gilmar e Roseli. “Eles disseram que iam dar uma surra no rapaz (Gilmar). Eu estava bêbado e fui junto, mas nem entrei na casa”, alega Juliano. O suspeito afirma que saiu correndo quando escutou os tiros.
Para o superintendente Valdir Bicudo, de Piraquara, Juliano estava ciente que o assassinato seria cometido. “Todos combinaram para executar Gilmar. A mulher morreu para não ser testemunha”, disse o policial.
Os menores permanecem foragidos. Um deles é parente de Gilmar e suspeito de matar também um irmão deste, Nilson Wojcik, assassinado em 7 de agosto. “As mortes podem estar relacionadas com a disputa por pontos do tráfico de drogas”, disse o superintendente. Um terceiro irmão Wojcik também estaria jurado de morte.
Gilmar teria sido executado por comentar no bairro que pretendia denunciar à polícia seu parente, menor de idade, e os comparsas. De acordo com o policial, um relacionamento extraconjugal também estaria por trás do crime.
Juliano ainda responde ao inquérito de um homicídio cometido no ano passado.