Os tiros que mataram Ezequiel Apolinário, 21 anos, sábado de madrugada, partiram da arma do eletricista Valdir Luciano Goes, 27. Ele se apresentou ontem ao delegado Sebastião Ramos Neto, na Delegacia de Homicídios, e contou sua versão da história. Depois de ouvido, Valdir foi liberado e o caso, repassado ao 10.º DP (Sítio Cercado).
O crime ocorreu em um bailão na Vila Osternack, depois de uma confusão entre os freqüentadores. Valdir disse que saía do estabelecimento, quando Ezequiel o agarrou pela camisa e o ameaçou, dizendo para ele ter cuidado, pois empurrara seu irmão durante o tumulto. “Empurrei ele com a mão esquerda e puxei o revólver, que estava engatilhado e disparou”, relatou Valdir, mostrando sua mão, que teria sido ferida pelo projétil. Segundo ele, mais dois tiros foram disparados, no intuito de afastar Ezequiel e seus amigos. “Fiquei sabendo que o tinha matado, quando vi as notícias”, finalizou. Em seu depoimento, Valdir afirmou ter sido ameaçado pela mãe da vítima, por ter acompanhado o marido dela em um processo de separação.
Sobre a procedência da arma usada, um revólver, calibre 38, com a numeração raspada, ele explicou que a comprara há cerca de dois meses, quando cuidava de um bar. “Nunca usei o revólver, era só para minha segurança”, garantiu.