Apreensão de maconha mais que dobra no Paraná

O volume de maconha apreendido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) nos primeiros cinco meses do ano no Paraná já é mais do que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. Do mesmo modo, a cocaína encontrada no meio de cargas transportadas já é quatro vezes maior e o crack, que aparece com mais incidência nas apreensões, também aumentou.

A última grande apreensão de maconha foi em Cascavel, na região oeste do Paraná, onde a PRF encontrou 4,6 toneladas da droga escondida no meio de uma carga de cebola, durante uma fiscalização de rotina na BR-277.

Na tarde da última terça-feira, os policiais do posto de Cascavel da PRF abordaram um caminhão com placa do município de Quatro Pontes para fiscalização. Em vistoria à carroceria do caminhão, que estava carregado com sacos de cebola, os agentes encontraram os tabletes da droga escondidos embaixo da carga. O motorista do caminhão fugiu do local quando recebeu a ordem de parada dos policiais. O caminhão e a maconha foram levados até a Polícia Federal do município.

Outra grande apreensão de maconha tinha sido feita pela PRF de Cascavel apenas um dia antes, quando duas toneladas da droga foram encontradas em meio a sacos de feijão. Das 13 toneladas de maconha apreendidas até agora em todo o Paraná, mais da metade foi em Cascavel. “Tivemos um aumento na fiscalização nesse período face à safra de maconha de Paraguai, que se realiza no mês de maio”, informou o chefe do núcleo de policiamento e fiscalização da delegacia da PRF em Cascavel, Eliel Weiss.

Na cidade, em cinco meses foram mais 81 quilos de crack; 22,7 quilos de cocaína; 29,3 quilos de pasta-base e 4,8 quilos de haxixe. A maior quantidade de entorpecentes é encontrada em caminhões e outros veículos de carga. “O tráfico de drogas está também em carros de passeio, mas concentramos parte dos esforços para veículos de carga, o que exige muito do policial”, diz Weiss.

O trabalho é minucioso, conta ele, para surpreender quem transporta a droga. “Não é na primeira carga que se encontra o entorpecente, tem que tirar vários sacos, colocar de novo, verificar com cuidado. É uma rotina, são diversos os caminhões verificados, porque o traficante ainda acredita que vai passar despercebido pela polícia”, completa.

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