A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou, ontem, o balanço das apreensões realizadas no Paraná, em 2006. De acordo com a Seção de Policiamento e Fiscalização do órgão, o volume de alguns produtos apreendidos chegou a aumentar até 2.000% – caso da cocaína. O responsável pela seção, inspetor Gilson Luis Cortiano, comenta que a polícia se tornou mais eficaz por conta da demanda, que também aumentou.
Cortiano avalia que os resultados obtidos em 2006 – comparados a 2005 – são bastante significativos. ?Isso se deve a uma composição de fatores. Estamos fechando o cerco contra o crime nas rodovias do Estado. De um ano para o outro, os policiais estão mais qualificados, investimos em estudos de inteligência e estamos utilizando mais aparatos tecnológicos, incluindo melhor sistema de informação?, explica.
Segundo ele, quase todas as ocorrências aumentaram. A única redução (-19,3%) foi na apreensão de maconha – que, assim como outras drogas, entra pelo Paraguai e é transportada principalmente pela BR-277. Foram apreendidos 13.849,817 quilos em 2006 – contra 17.162,815 quilos em 2005. O inspetor afirma que o aperfeiçoamento da fiscalização ?motivou os traficantes a transportarem quantidades menores da maconha, visando dificultar as ações da polícia e a utilizarem rotas fora da área de circunscrição da PRF?.
Cortiano comenta que as drogas pesadas – só de cocaína, o volume apreendido cresceu 2.000% – são mais fáceis de serem encontradas. ?Geralmente são transportadas dentro de outras mercadorias, em partes do carro ou junto ao corpo das pessoas. Inclusive ontem, no Posto do Guará, apreendemos 6,3 quilos de maconha dentro de um motor?, comenta.
Além da repressão ao tráfico de drogas, a PRF realizou 32 operações específicas de combate a outras modalidades de crime, como tráfico de armas, contrabando, furto e roubo de veículos e cargas, assaltos e exploração sexual infanto-juvenil. Segundo ele, o número de pessoas ligadas a essas práticas detidas também aumentou de 2005 para 2006. No ano anterior, foram 1.116 pessoas detidas e em 2006, 1.820, ou seja, aumento superior a 63%.
?A cada instante estamos nos adequando ao modus operandi das quadrilhas. Tenho certeza que quanto mais a polícia trabalhar, mais resultados positivos vamos obter?, conclui.
