Cerca de 80 mil isqueiros falsificados foram apreendidos ontem por policiais da delegacia de Campina Grande do Sul. A carga foi contrabandeada do Paraguai por Rodolfo Creplive, que está foragido. O homem tem outras três passagens na polícia pelo mesmo crime.
De acordo com o advogado da empresa, Nilton Vieira, a empresa BIC estava recebendo muitas reclamações dos isqueiros vendidos em Santa Catarina. "Ele os trazia do Paraguai, com selo falso do Inmetro, e falsificava as cartelas", disse o advogado.
Ao descobrir que Rodolfo armazenava os produtos em um galpão em Campina Grande do Sul, a empresa acionou a polícia. Porém, os investigadores descobriram que, na última semana, Rodolfo desativou o barracão e levou a mercadoria para Curitiba. Ontem os policiais chegaram na casa dele, na Rua João Motter, Mossunguê, e apreenderam os isqueiros.
Desde 1998, Rodolfo faz o contrabando do produto. Em 2002 ele ficou cerca de 90 dias preso depois de ser pego com preservativos, pilhas, isqueiros e aparelhos de barbear falsificados. Também em 2000 ele foi detido pelo mesmo crime. Esta, portanto, é a quarta vez que será aberto um processo criminal contra ele.
A operação para apreender a mercadoria ocorreu em Curitiba e em Campina Grande do Sul e envolveu cerca de 10 pessoas, sendo um oficial de justiça, um advogado, policiais da delegacia de Campina Grande do Sul, comandados pelo delegado Vinicius José Borges Martins.
Isqueiros
Segundo o advogado, os isqueiros falsificados apresentam segurança duvidosa apesar das características visuais das cartelas e cores semelhantes aos da marca BIC. Por se tratar de um produto inflamável fabricado com matéria-prima de baixa qualidade, o isqueiro pirata pode apresentar riscos para o consumidor. A pirataria constitui crime contra registro de marca e fraude de comércio. "Além disso, comercializar isqueiro descartável sem o selo holográfico do Inmetro ou com selo falso também é crime. Este selo certifica que o produto atende todos os padrões de qualidade e segurança aos consumidores. Esses padrões seguem as normas internacionais de qualidade e segurança", finalizou o advogado.
