Em uma operação conjunta, a Delegacia do Consumidor e a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) apreenderam 2.500 pacotes de cigarros falsificados. O diretor da ABCF, Rodolpho Ramazzini, informou que foram visitados 90 estabelecimentos comerciais em Curitiba e Região Metropolitana e foram apreendidos cigarros em 26 deles. “Em abril estivemos em 100 locais e 54 deles vendiam o produto. Já notamos uma redução”, afirmou.
Ramazzini contou que a operação começou na segunda-feira e foi encerrada ontem. Segundo ele, o número de pontos de vendas de cigarros deve reduzir ainda mais com a operação “Trânsito Livre”, realizada pela Polícia Federal, que resultou na prisão de 51 pessoas na fronteira, em Foz do Iguaçu. “Para se ter uma idéia no Brasil temos 12 fábricas de cigarros e 170 milhões de habitantes, sendo que duas dessas indústrias respondem por 70% do mercado. No Paraguai são 36, sendo 22 só em Cidald de Leste. Lá o número de habitantes é de 2,7 milhões”, comentou. “Eles jogam estes produtos no País porque aqui as empresas tem que pagar 70% de imposto, enquanto eles não pagam nada e tem um lucro fabuloso”, disse Ramazzini.
Ele informou que o perito Edmundo Braun, do Instituto de Criminalística de São Paulo, analisou alguma marcas de cigarros paraguaios apreendidos e constatou que a nicotina é seis vezes maior nos produtos paraguaios.
