Após 15 anos, familiares de Éverton não têm pistas

O desaparecimento de Éverton de Lima Vicente Gonçalves completa hoje 15 anos. O menino, então com 4 anos, sumiu por volta das 11h do dia 23 de dezembro de 1988, nas proximidades da casa dos pais, no Bom Retiro, em Curitiba. O casal José Vicente e Eliane Gonçalves permanece à espera do filho e ainda busca uma solução para o caso. No dia do desaparecimento, o pai do menino estava voltando do trabalho e costumava encontrar com o filho em uma pequena praça, próxima a sua casa. Segundo José Vicente, eles estavam se preparando para viajar para a praia.

?Cheguei em casa e o Éverton também não estava. Minha mulher disse que ele iria me esperar na frente da casa. Ficamos desesperados e começamos a procurá-lo pela região. Quando fui a um antigo bar do bairro, o dono do local disse que o meu filho estava acompanhando um desconhecido. Foi então que percebemos a seriedade do que tinha acontecido. E, mesmo quinze anos depois, nada foi feito para solucionar o caso?, diz.

Apesar do tempo, o casal ainda tem esperança de reencontrar o filho. Eles fazem parte da Associação Nacional em Defesa da Criança Desaparecidas, que tem divulgado a importância da causa. ?Sempre corremos atrás de explicações e novidades sobre o caso, mas nunca tivemos uma resposta. É muita informação desencontrada. De certa forma procuramos ajudar outros pais que vivem o mesmo sofrimento. A entidade tem feito o que ela pode para colaborar, que é divulgar em vários lugares as fotos das crianças?, afirma Elaine.

A família é formada por mais três filhos meninos, de 17, 15 e 9 anos. Segundo os pais do menino, que hoje estaria com 19 anos, a busca continua. ?Não nos esquecemos dos outros filhos, pelo contrário. Buscamos força neles para continuar com a nossa luta. Nesta época do ano, a tristeza toma conta da casa e é muito difícil comemorar o Natal?, explica o pai.

Divulgação

A Associação Nacional em Defesa da Criança Desaparecida no Paraná faz um trabalho permanente de divulgação de fotos das crianças em folders, panfletos e tickets dos pedágios das rodovias do Estado. A próxima medida para evitar novos desaparecimentos, segundo a presidente da entidade, deputada estadual Arlete Caramês (PPS), será a implantação de pulseiras de identificação nas crianças que vão freqüentar as praias. ?É de extrema importância que os pais estejam atentos.

Eles devem sempre acompanhar as crianças em qualquer local e, principalmente, no final do ano, quando o número de pessoas no litoral é enorme?, alerta a deputada.
Segundo dados da associação, hoje são 27 crianças desaparecidas no Paraná e, a presidente da entidade espera que o trabalho de divulgação continue surtindo efeito.

?Após uma semana de divulgação nos tickets dos pedágios, uma menina foi encontrada. É importante que os motoristas prestem atenção nas fotos porque mais casos podem ser resolvidos?, diz. (Rubens Chueire Júnior)

Serviço: Disque-informações da Associação Nacional em Defesa da Criança Desaparecida – (41) 253-2896.

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