Em dois dias de interrogatórios, apenas três dos 12 sargentos do 20.º Batalhão de Infantaria Blindado (BIB), envolvidos no trote violento divulgado no ?Fantástico? do último domingo, em Curitiba, já foram ouvidos no Inquérito Policial Militar (IPM) conduzido pelo tenente-coronel Ilton Barbosa. O Exército não quer comentar o encaminhamento do processo para não atrapalhar o trabalho. A inquirição continua hoje, mas apenas um dos envolvidos deve ser ouvido. Além disso, o conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Edísio Simões, da Paraíba, estará na cidade para uma conversa com comandante da 5.ª Região Militar, general Túlio Cherem, que terá também a participação do presidente da OAB-Paraná, Manoel Antônio de Oliveira Franco. O objetivo da visita é obter informações sobre a apuração dos fatos.
Ontem, quatro sargentos do Exército deveriam ter sido ouvidos, mas apenas dois foram interrogados. Um dos advogados do grupo, Ricardo Noronha, disse que o procedimento esta sendo demorado porque o tenente-coronel Barbosa está colhendo os depoimentos de forma minuciosa.
Até agora, foram ouvidos três sargentos, os que teriam sido as vítimas de agressões. No entanto, segundo Noronha, o depoimento deles vai contra as imagens de tortura exibidas. Os militares teriam participado do que foi chamado de ?brincadeira?, espontaneamente. ?Um deles disse que ele mesmo arranjou a corda para ser amarrado?, citou Noronha. Para o advogado, a fita original vai esclarecer o que realmente ocorreu. Segundo Noronha, Barbosa solicitou uma perícia nos computadores do 20.º BIB para encontrar a gravação original, que ainda não está nas mãos do Exército, além de exames médicos.
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