Por apartar uma briga dentro de uma pizzaria, o auxiliar de produção Matusalén Fernandes de Jesus, 20 anos, conhecido como ?Pipo?, foi morto com cinco tiros. Ele foi socorrido pelo Siate, mas chegou sem vida ao Hospital Cajuru, às 2h18 de ontem. O homicídio aconteceu na Rua Princesa Isabel, próximo à esquina da Rua Suécia, na Planta Santa Úrsula, em Colombo, a uma quadra da casa da vítima.
?Pipo? estaria dentro da pizzaria, quando um grupo de jovens do Jardim Ana Terra, do mesmo município, teria começado a agredir um adolescente, seu vizinho e amigo. Vendo o garoto indefeso, ?Pipo? apartou a briga, e, quando tudo estava mais calmo, foi embora.
No caminho de casa, o jovem se deparou com três rapazes que desceram de um Monza, estacionado a alguns metros adiante. O trio se aproximou e um dos rapazes atirou. Após o assassinato, o grupo foi até a casa do adolescente agredido no restaurante e surrou mais uma vez o garoto e, também, o irmão dele. Diversos objetos da casa foram destruídos.
Família
Valdir de Jesus, pai de ?Pipo?, não soube explicar ao certo o motivo do crime. Ele acreditava em alguma rixa antiga e que, crescer num bairro violento, possa ter contribuído para que o filho não tivesse boas companhias. ?Acaba se envolvendo com o que não deve?, explicou.
Valdir contou que ?Pipo? era um rapaz cheio de sonhos. ?Até onde meus olhos o enxergavam, era bom menino. Nos perguntamos por que isso aconteceu. Para matarem com cinco tiros, estavam com muita raiva?, comentou.
Segundo informações de Valdir, ?Pipo? já tinha escapado ileso de uma tentativa de homicídio, em Pinhais, em que um amigo dele não teve a mesma sorte, e levou um tiro nas costas. ?Pipo? também já esteve preso, mas o pai não soube dizer exatamente por qual crime. Valdir também contou que, há três meses, a vítima estava trabalhando na área de estoque de um supermercado de Curitiba, e já tinha recebido indicações de sua chefia para fazer cursos e subir na carreira.
?A violência urbana está crescendo, mas não vou culpar o policial, porque ele não estava na esquina para evitar o assassinato. Acho que também devemos nos unir. Temos nossa parte a fazer em segurança?, analisa Valdir.
