Cinco meses de investigação levaram policiais da Delegacia de Antitóxicos (Datox) a prender Márcia Regina Rodrigues de Andrade, 34 anos, apontada como uma das grandes fornecedoras de drogas, principalmente na região do Bairro Alto, onde ela residia. Márcia foi presa em flagrante, na tarde de ontem, em companhia do marido, Samuel Viana, 32, quando vendia 126 gramas de cocaína pura – dividida em três invólucros – para G.A.R.J., 37, e Eurico Júnior França, 24, ambos vindos de Ponta Grossa. Pelo que foi apurado pela polícia, G. e Eurico compravam a droga para revendê-la em Ponta Grossa, já que a cocaína ainda não havia sido “batizada” (misturada com outros produtos químicos). De acordo com o delegado Rogério de Castro, os quatro detidos foram autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico, cuja pena total varia entre 8 e 15 anos de reclusão.

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As investigações sobre Márcia tiveram início após denúncia feita à Dinarc (Divisão de Narcóticos) há cinco meses. “Consultamos o 181 (narcodenúncia) e verificamos que o nome dela constava em várias denúncias também”, relatou Castro. A partir disso, uma equipe comandada pelo delegado, Osmar Feijó, iniciou investigações sobre a suspeita que culminaram com a sua detenção nas proximidades do Terminal de Ônibus do Boa Vista.

Enriquecimento

Na residência de Márcia, os policiais apreenderam duas balanças de precisão, 19 telefones celulares, farto material eletrônico que, conforme a polícia, é usada como moeda de troca para a aquisição de entorpecentes, e mais de R$ 3 mil em dinheiro, sendo R$ 50,00 em notas miúdas. Além disso, foram apreendidos também o Audi A3 e um Xsara Picasso, que estavam na casa, e o Tigra utilizado por G. e Eurico.

O rápido enriquecimento de Márcia nos últimos meses também foi um detalhe que chamou a atenção dos policiais. “Ela trocou várias vezes de carro em um período pequeno”, explicou o delegado. Para a Datox, Márcia comercializava há quase um ano crack e cocaína. Em seu depoimento, a mulher confirmou o tráfico de drogas, mas isentou o marido de participação. G. e Eurico negam qualquer envolvimento com a comercialização de entorpecentes.

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