O trajeto que o ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho fez na noite em que se envolveu no acidente automobilístico que resultou na morte de dois jovens no dia 7 de maio, no bairro Mossunguê, em Curitiba – poderá ser desvendado nos próximos dias.

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O advogado Elias Mattar Assad, da família da vítima fatal Gilmar Rafael Yared, aguarda que a Justiça determine que duas empresas de telefonia celular entreguem a localização exata das antenas que devem ter captado as ligações de dois celulares que o político utilizou nos dias 6 e 7 de maio. Segundo Assad, Carli Filho teria feito ligações até seis minutos antes da colisão, e a localização das antenas pode esclarecer qual o caminho feito por ele.

Como o trajeto é uma incógnita, o Ministério Público Estadual (MP) já havia pedido a quebra do sigilo telefônico do político, para saber com quem ele falou naquele dia. Na ocasião, o MP pediu a todas as empresas de telefonia móvel as chamadas estações rádio-base (Erbs) das operadoras, o que fez parte da solicitação de quebra do sigilo telefônico.

“Agora esperamos conseguir a localização das antenas e, com isso, teremos o trajeto que ele fez. Isso já não interessa para a nossa defesa, mas é de interesse público. Ele usou o telefone várias vezes depois que saiu do restaurante”, disse o advogado.

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A polícia trabalha com a hipótese de que o ex-deputado tenha feito outro trajeto, já que nenhum radar da região flagrou o carro do político em alta velocidade. Ontem, o perito Walter Kauffmann que realizou a perícia nos radares, encomendada por Assad voltou a afirmar que os radares têm eficiência média de 53%, ou seja, deixam de captar muitos veículos. O inquérito que investiga a morte dos dois jovens ainda não foi finalizado.