Desde que a Polícia Militar do Paraná foi criada, os cães auxiliam no trabalho dos policiais e conseguem manter um índice de 100% de acerto na procura por bombas e drogas. Além do treinamento, os animais têm em seu favor mais de 200 milhões de células olfativas, ao passo que o ser humano tem apenas quatro milhões.
Os cães são treinados no Canil Central da divisão da Polícia de Choque. São três raças que ajudam no trabalho de combate ao crime e na manutenção da ordem: o pastor alemão, o labrador e o rotweiller. Segundo o cabo Jaime Domingues de Paula, o pastor alemão é o cão mais polivalente dos três, sendo muito usado em patrulhas. Já o labrador tem melhor desempenho para farejar drogas e bombas, enquanto o rotweiller impõe mais respeito.
Jaime explica que os cães encaram a procura por drogas e bombas como uma brincadeira em que precisam encontrar os objetos. O cachorro Yuri é o único do Estado que fareja bombas. O treinamento precisa ser bem feito, já que não pode haver erros. “Ele não pode latir nem mexer no material. Qualquer mecanismo pode acionar a bomba”, explica Jaime. Para indicar onde está o material explosivo, Yuri apenas deita perto do local. Até hoje, em todas as denúncias de bomba em que participou, nenhuma era verdadeira. “O cão acertou todas”, contou Jaime.
Ultimamente, os cães também têm sido bastante usados em batidas policiais em bares e casas noturnas, à procura de drogas. “Se houver entorpecentes, o cão acha”, garante o policial. Para treinar os cães, substâncias com o cheiro da droga são colocadas em tecidos. “Ele não pode ter contato com a droga, senão pode fazer mal ao seu organismo”, explica.
Os cães também são usados para ajudar a separar torcidas em estádios de futebol e evitar confusões em meio à multidão. Para impor respeito, nada melhor do que um rotweiller. “O efeito psicológico é maior”, ressalta. Os cães também evitam o confronto direto dos policiais com as pessoas, pois com medo, elas não chegam muito perto.
Para realizar o trabalho com o máximo de aproveitamento, os policiais mantêm o treinamento dos cães em dia e cuidam para que não excedam as horas de atividade. O cão farejador, por exemplo, depois de quatro horas de trabalho perde o interesse pela “brincadeira”. O plantel da PM é de 37 cães.
Cavalos
Os cavalos também têm papel de destaque e ajudam os policiais a chegar em locais onde as patrulhas não conseguem acesso. Trabalham seis horas por dia, e quando o seu cavaleiro tira férias, também saem de cena. Outra grande vantagem de se trabalhar com cavalos é que os policiais ficam numa posição de destaque, são vistos de longe e também têm maior controle sobre o que ocorre a sua volta.