Andarilho leva pancadas até morrer

Um enorme paralelepípedo foi usado para esmagar a cabeça do andarilho Amauri Fernandes, 29 anos, encontrado morto às 10h15 de ontem. O assassinato ocorreu no local de abrigo da vítima, na BR-277, sob o viaduto da Avenida Juscelino Kubitschek, Cidade Industrial. Não há pistas da autoria do crime.

O hábito de cheirar cola foi minando gradativamente a saúde e a dignidade de Amauri, que antes trabalhava como pedreiro. Há cerca de cinco anos, ele saiu de casa pela primeira vez e passou a perambular pelas ruas da cidade. A família correu atrás e o internou numa clínica de recuperação para dependentes químicos, mas pouco depois ele voltou ao vício e às ruas. Outras três vezes Amauri esteve internado, mas sempre tinha recaídas.

Cola

“Recolhi ele em minha casa depois do último internamento, cinco meses atrás, mas não adiantou e logo ele foi embora”, conta a irmã Nilza Fernandes, 34 anos, auxiliar de cozinha.

Na última noite antes de ser morto, o andarilho, sob o efeito da cola, jantou na casa da irmã, em São Brás. “Ele foi embora às 22h30, dizendo que ia pegar um ônibus até o Jardim Gabineto. Queria mandar um recado para alguém”, disse Nilza, que não soube dizer com quem Amauri pretendia se encontrar, nem se ele tinha inimigos ou sofria ameaças. “Não imagino quem poderia matá-lo. Mas pode ser que estivesse incomodando alguém por causa da cola”, disse a irmã.

Nenhuma testemunha do crime apresentou-se aos policiais do 13.º Batalhão da PM que atenderam a ocorrência. O caso será investigado pela Delegacia de Homicídios.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo