Mulher sem identificação é assassinada ao lado de igreja adventista em Arucária. |
Uma mulher nua, calçando apenas um velho par de tênis, e com o rosto desfigurado por pedradas. A cena trágica foi presenciada por policiais militares, aos 45 minutos da madrugada de ontem, na lateral do prédio de uma igreja adventista, localizada na Rua Uirapuru, Jardim Sol Nascente, em Araucária. A vítima é uma suposta andarilha, não identificada, e o suspeito do crime, um rapaz de 22 anos, detido minutos depois da descoberto do corpo.
Moradores da região disseram que a mulher teria vindo de Colombo há poucos dias. Ela abrigava-se em marquises das redondezas e na noite de domingo foi vista bebendo em um bar, próximo ao local do crime.
Outro cliente do estabelecimento era Gustavo Roberto Wolff, 22 anos. “Testemunhas disseram que ele saiu do bar acompanhado da vítima”, disse o superintendente da delegacia de Araucária, Edson Andrade Vieira. Gustavo estaria tentando agarrar e beijar a mulher.
Suspeito
De posse destas informações, o investigador Valdir, da Polícia Civil local, localizou o suspeito no mesmo boteco. Gustavo tinha os sapatos sujos de sangue e as roupas marcadas pelo barro semelhante ao que envolvia o corpo da vítima. Levado à Delegacia de Araucária, o suspeito admitiu que conhecia a mulher morta e que bebeu com ela momentos antes do crime, mas negou ter cometido o assassinato.
A delegacia da cidade recolheu um paralelepípedo sujo de sangue – uma das armas usadas no crime. A vítima era mulata, tinha aproximadamente 25 anos e 1,53m de estatura. Exames do Instituto Médico Legal vão determinar se houve ou não violência sexual – o superintendente não descarta que tenha havido relação consentida pela mulher antes do crime. “As roupas dela estava ao lado do corpo e não apresentavam vestígios de sangue. Certamente estava nua ao ser morta”, falou o policial.
Mistério em Fazenda Rio Grande
Um corpo em adiantado estado de decomposição foi localizado no final da manhã de ontem, em um matagal em Fazenda Rio Grande, na localidade de Pacho Amarelo. O cadáver vestia calça cáqui, cinto preto, camisa xadrez (nas cores branca, verde e azul) e tinha apenas um dos chinelos. O caso ainda é um mistério para a polícia.
O superintendente Valdir Bicudo informou que a vítima estava estendida em uma trilha, usada por lenhadores, na zona rural do município, sendo que o local é de difícil acesso. “O crânio já não tinha dentes. Para identificar a vítima e a causa da morte somente exames complementares. Tudo indica que o sexo do cadáver é masculino, mas ainda é cedo para afirmar”, salientou o superintendente.
Bicudo informou que em Fazenda Rio Grande não há nenhum caso de desaparecimento sem solução. “A perita Jussara Joeckel esteve no local, examinando o corpo, e acredita que a vítima estava ali há aproximadamente um mês e meio”, disse o policial. “Vamos aguardar o resultado dos exames complementares para iniciar as investigações. Este caso ainda é um mistério”, frisou Bicudo.