Anciã morta por ladrão no Cajuru

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O corpo foi encontrado em meio
a roupas espalhadas.

Antes mesmo de lavar a louça do almoço e deixar a casa em ordem, como gostava de fazer, Carmelita dos Santos Breda, 81 anos, foi estrangulada pelo bandido que invadiu sua casa. O crime pode ter ocorrido às 14h de quinta-feira, mas somente às 21h o corpo foi descoberto, em meio à bagunça que o assassino fez no quarto dela. A vítima morava sozinha em uma casa de fundos, no número 96 da Rua Doutor Hamilton Portugal Pereira, Solitude, no Cajuru. Acredita-se que o criminoso foi um carroceiro que costuma passar pela região e é suspeito de "comandar" invasões a residências.

Carmelita mantinha a casa sempre alinhada e seus parentes logo estranharam ao ver portas e gavetas de armários abertas, na cozinha e na sala. Quando entraram no quarto, se deram conta da gravidade da situação. A televisão nova da mulher havia sido roubada e ela estava caída entre um monte de roupas e lençóis. De acordo com avaliação preliminar da perita Solange, da Polícia Científica, o assassino usou um fio ou algo semelhante, para estrangular a vítima, descrita por vizinhos como baixa e franzina.

O inquilino de Carmelita, que mora na casa da frente, chegou quando já haviam descoberto o corpo. "A neta dela me ligou para eu ver o que havia acontecido, já que desde às 19h não conseguia contato telefônico com a avó", relatou uma vizinha. O primeiro sinal de estranheza foi a luz do quarto apagada e a porta aberta, além da louça por lavar e móveis em desalinho.

Invasões

Às 14h, a porta estava trancada. Nesse horário, um vizinho deteve um garoto, de 11 anos, dentro de sua casa e imaginou que alguém pudesse ter invadido a residência de Carmelita. Ele foi até lá, mas não obteve resposta às batidas na janela e na porta. Imaginando que a mulher tivesse ido à igreja, pensou que tudo estava bem. "Acho que nesta hora o homem estava com ela", disse outra vizinha.

O menino detido foi entregue à Guarda Municipal, assim como a carroça puxada por um cavalo, que estava na rua. Esse detalhe fez com que os moradores da rua suspeitassem que o assassino seja o carroceiro. Ele costuma andar pelo bairro, sempre acompanhado de dois garotos ou adolescentes. "Não tem como descrevê-lo, pois anda sempre com um chapéu ou um capuz que lhe cobre o rosto", comentaram. Os moradores também acham estranho que, quando uma catadora de papel passa pelas casa pedindo ajuda, em seguida, uma das residências é invadida.

Televisão

Em uma dessas ocorrências, já comuns no bairro, Carmelita teve sua televisão furtada e R$ 160,00 levados de cima da mesa, enquanto ela estava no banheiro. Há a suspeita de que, quem matou a mulher, sabia que ela recebia aposentadoria e aluguel do inquilino e teria dinheiro guardado. Um indício disso foram as gavetas reviradas. Na fuga, o ladrão deixou cair, na porta da casa, uma colher e um batedor, que foram recolhidos pela perícia.

O caso foi atendido pelos soldados Bueno e Ribeiro, do Regimento de Polícia Montada, RPMont, que repassaram as informações a investigadores da Delegacia de Homicídios. Por se tratar de um roubo (foram levados objetos de dentro da casa), o caso será repassado para a Delegacia de Furtos e Roubos. O delegado Rubens Recalcatti ouviu uma testemunha informalmente, na tarde de ontem. "Estou com uma equipe nas ruas investigando essa situação", complementou o policial.

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