Analista de sistema lesado ao comprar terreno de vigarista

O sonho de comprar um terreno se transformou em pesadelo para o analista de sistemas Nildecir Pereira da Silva, 35 anos. Depois de pagar R$ 14 mil por um terreno, ele descobriu que havia caído num golpe. Inconformado, registrou queixa no 10.º Distrito (Sítio Cercado) e resolveu marcar um novo encontro com o golpista, na quarta-feira. Em seguida avisou a polícia. Júlio Cézar Pozo Camargo, 43 anos, foi detido, encaminhado para a delegacia, ouvido e liberado. "Ele negou os fatos, mas foi indiciado em inquérito por estelionato", disse o delegado Antônio Macedo de Campos.

Nildecir contou que ouviu em uma rádio o anúncio da venda do terreno, de 400 metros quadrados, situado na Rua Califórnia, Vila Rio Negro, no Sítio Cercado. "Ele estava pedindo R$ 30 mil, mas acabou baixando para R$ 28 mil", informou a vítima. Com a procuração de um casal, que seria proprietário do terreno, devidamente autenticada no Cartório de Antonina, Júlio marcou um encontro no Cartório do Pinheirinho, onde supostamente concretizou a venda, no dia 20. Nildecir pagou R$ 7 mil em dinheiro e o mesmo valor em um cheque, para o dia seguinte. "Fui para casa e comecei a desconfiar", disse o analista de sistema. No dia seguinte, ele resolveu ir até o terreno para conversar com os vizinhos e descobriu que o terreno que ele comprou pertencia à outra pessoa e o casal que teria vendido era proprietário de um outro lote, em frente. "Confirmei que tinha caído no golpe quando a mulher me afirmou que o terreno que eu comprei o proprietário não queria vender e eles nunca pensaram em se desfazer do imóvel."

O analista saiu dali e foi até o banco tentar sustar o cheque, mas o valor já havia sido pago. Nildecir procurou a polícia para registrar a ocorrência. Não satisfeito, ele mesmo entrou em contato com Júlio e propôs que o homem substabelece-se a procuração para ele. Nildecir avisou a polícia, que foi até o local e deteve o vendedor do terreno. "Fiquei mais indignado ainda porque hoje (ontem) fui na delegacia e descobri que ele não estava preso. Quando o Júlio foi preso estava com R$ 3 mil no bolso. Parte do meu dinheiro. Não fui ressarcido e ele não está mais lá", comentou a vítima.

O delegado Antônio Macedo informou que Júlio não tem passagens pela polícia e que o homem não ficou preso porque o fato ocorreu no dia 20. "Ele não tinha dinheiro algum quando foi preso", completou. O delegado disse que as investigações continuam no sentido de apurar se Júlio aplicou outros golpes semelhantes.

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