Com faixas pedindo justiça e paz, amigos e parentes do estudante Julifran Antônio de Oliveira, conhecido como ?DJ Skull?, 18 anos, realizaram uma manifestação, na manhã de ontem, que reuniu cerca de cem pessoas. O protesto começou às 9h30, em frente ao Colégio Algacyr Munhoz Maeder, na Rua Sebastião Alves Ferreira, no Bairro Alto, em Curitiba, e terminou na Rua Rio Tietê, onde o rapaz foi assassinado.
O jovem foi morto com um tiro nas costas porque seu vizinho não gostou de vê-lo apanhar bambus num terreno baldio. O rapaz desistiu e foi embora. O crime aconteceu no dia 6 de setembro, na Rua Tietê, em frente à casa de um amigo. ?O assassino perseguiu meu neto com uma arma em punho por duas quadras e depois o matou. Aí desapareceu e foi no 5.º Distrito no dia seguinte, alegar legítima defesa e está solto?, lamentou Claudiano Crisóstomo da Silva, avô de Julifran.
Ele disse que a passeata não irá trazer seu neto de volta, mas irá alertar as autoridades para que outros casos semelhantes não aconteçam. ?Amanhã pode ser outra pessoa?, disse. Ele lembrou que, após o crime, o autor se apresentou no 5.º Distrito (Bacacheri), e alegou que agiu em legítima defesa. Depois disso, foi liberado. ?Ele executou uma pessoa brutalmente e demonstrou ser uma pessoa desequilibrada?, disse Claudiano.
A mãe do rapaz, Eleozoneth de Oliveira e Silva, também pediu que as autoridades tomem providências. ?Eu criei meu filho com sacrifício. Agora tiram a vida dele desse jeito?.