Duas amigas foram executadas no interior da residência de uma delas na Rua Norberto Ribeiro da Motta, Conjunto Sol Nascente, em Pinhais, durante a noite de domingo. Letícia Cardoso de Assunção, 15 anos, e Tatiana Regina Bechel, 23, foram alvejadas com tiros na cabeça e costas e morreram deitadas na cama. A mãe de Letícia também estava na casa, mas não foi agredida e sequer recebeu disparos, indicando que os alvos da execução eram somente as garotas.
Tatiana, Letícia e a mãe dela foram à Igreja e retornaram à residência por volta das 22h. Minutos depois, a moradia foi invadida por dois homens encapuzados, com gorros pretos. Os indivíduos ordenaram que as três mulheres deitassem na cama de casal em um dos quartos. Rendidas, as vítimas obedeceram à ordem e duas delas foram executadas. "Pelas informações apuradas, os elementos disseram apenas para elas deitarem, nada mais. Em seguida, atiraram diversas vezes contra as meninas. Mas só contra elas", relatou o soldado França do 17.º Batalhão, que prestou atendimento ao crime. As garotas tiveram morte imediata, baleadas na cabeça e costas.
Fuga
Após a execução, os atiradores saíram correndo da residência e numa rua próxima ao local do crime roubaram um Palio Verde, que foi abandonado na divisa entre os municípios de Pinhais e Colombo. Para dar continuidade à fuga, os dois indivíduos abordaram um Gol branco e renderam o motorista, que foi levado como refém. O refém foi abandonado no Caximba e os matadores continuaram com o carro, tomando rumo ignorado. Até o final da manhã de ontem, o Gol não havia sido localizado.
Poucas informações foram obtidas pela polícia sobre a dupla execução. De acordo com o policial militar, não foi possível levantar características dos matadores e o que teria motivado o crime. Há possibilidade de que as garotas tenham sido assassinadas devido a um acerto de contas, pois uma delas seria usuária de entorpecente.
A delegacia de Pinhais é responsável pelas investigações. O superintendente Barbosa disse que as equipes estão em diligências para tentar apurar novas informações. A mãe de Letícia compareceu à delegacia, mas pouco pôde ajudar com o seu depoimento. Ela confirmou que os homens estavam encanpuzados e teriam dito apenas as palavras "deita, deita", antes da execução. Os vizinhos disseram ter ouvido apenas os disparos e nada mais.