Alternativa de treinamento para policiais

Enquanto a Polícia Militar não desenvolve um programa único de treinamento para os policiais, os batalhões tentam, à sua maneira, melhorar a qualidade do trabalho de suas equipes. Recentemente, mortes de inocentes, provocadas por erros policiais, evidenciaram o despreparo de quem está nas ruas. Há um mês e meio, antes desta crise eclodir nacionalmente, o comandante do 12.º Batalhão da PM, coronel Carlos Alberto Bührer Moreira, criou uma forma de amenizar o problema.

Para se tornar um policial militar são necessários seis meses de curso. Depois disso, são raras as vezes que os PMs passam por um curso de aprimoramento ou sequer fazem alguns treinamento físico. Há dois meses no comando do 12.º BPM, responsável pelo policiamento em 28 bairros de Curitiba, incluindo a região central, o coronel Bührer resolveu mudar está realidade. O primeiro passo foi criar uma nova escala de trabalho que possibilitou a liberação dos PMs para instruções semanais. ?Dividi o efetivo e criei uma equipe de apoio, que substitui os policiais durante as instruções?, contou o coronel.

As instruções começaram a ser feitas a pouco mais de uma semana e ainda sofrem ajustes. Na segunda e na terça-feira, os PMs que deixaram o plantão foram obrigados a permanecer mais três horas em serviço, enquanto os que iniciavam o expediente participavam da instrução. Gerou confusão. Nos últimos dois dias o coronel garante que a situação foi normalizada.

As instruções são feitas todos os dias das 8h às 9h40. Cada dia é uma nova equipe, respeitando a escala de trabalho dos policiais. A instrução é dividida em duas partes. A primeira pode ser teórica, como palestra sobre combate a entorpecentes ou prática, como técnicas de abordagem. A segunda parte é de exercícios físicos.

Tiros

Na iniciativa do coronel não estão incluídas instruções de tiros, uma vez que esta prática segue uma programação específica. Em média, os PM dão ao longo do ano 50 tiros em treinamentos, que podem acontecer em um único dia. A alternativa encontrada pelo coronel foi levar os policiais do seu batalhão para um campo de paintbal, usando balas de tinta. 

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