O operador de telemarketing Leandro Ferreira de Góes, 25 anos, apresentou-se ontem na Delegacia de Homicídios (DH), com seu advogado. Ele confessou o assassinato de sua namorada, Mariana Bertoldi, 39 anos, ocorrido terça-feira à noite, no Rebouças. Leandro detalhes do crime e alegou ter perdido a cabeça, quando ela não aceitou a decisão dele de morar no litoral. Ele foi indiciado por homicídio doloso, mas está em liberdade. Mariana é irmã do deputado estadual licenciado Osmar Bertoldi.
O delegado Rubens Recalcatti revelou que Leandro, no interrogatório, contou que se relacionou com Mariana por dois anos. Passaram um tempo separados e há cinco meses reataram. No entanto, apesar de Mariana ter descoberto que estava grávida, o casal não estaria se entendendo.
Telefonema
Na terça-feira, enquanto Mariana estava numa consulta obstétrica, Leandro telefonou para ela, marcando um encontro. A intenção dele era dizer que assumiria o filho e daria o apoio necessário, mas que, até o final da semana, ele iria morar no litoral, com seus pais.
À noite, eles estacionaram na Rua Alferes Poli, no Rebouças, e começaram a conversar dentro do carro, até começarem a discutir. A briga evoluiu para agressões mútuas. Segundo o relato, Leandro sacou uma faca, que levou junto consigo, e deu o primeiro golpe na barriga da mulher.
DNA
Mariana se jogou de dentro do carro, mas foi alcançada e levou mais facadas no peito e nas costas. Foram pelo menos cinco golpes. A mulher tinha ferimentos nas mãos e cabelos entre os dedos, como se tivesse tentado se defender. O cabelo foi encaminhado para exame de DNA, para confirmar se é de Leandro.
O operador de telemarketing disse à polícia que, depois disto, andou desorientado pela rua, nervoso. O delegado indiciou o suspeito em inquérito e o liberou. Mas não descarta a possibilidade de optar por pedir sua prisão à Justiça.