Alfaiate mata garota de programa

Enciumado ao ver sua amante entrando no quarto de outro homem, o alfaiate identificado como Raimundo Costa Filho, de aproximadamente 60 anos, matou uma garota de programa e baleou Genivaldo Severino da Silva, 39 anos, às 20h30 de segunda-feira. O crime foi cometido no quarto 18 do Hotel Alda, na Rua Paula Gomes, São Francisco. O estabelecimento também funciona como pensão. O corpo da mulher aguarda identificação no Instituto Médico Legal (IML) e o assassino conseguiu fugir.

A mulher chegou no hotel embriagada e agitada, segundo a dona do estabelecimento. Ela e foi para o quarto 18, situado no segundo andar e se encontrou com Genivaldo e seu irmão Amaro Ivo Gomes da Silva, 29, que moram ali. No caminho, trocou insultos com Raimundo, que mora no quarto 19, no final do corredor do primeiro andar.

Tiros

Após receber a mulher no quarto, Amaro desceu para fechar o portão e ouviu os tiros. Subiu para saber o que estava ocorrendo e encontrou o irmão baleado no peito, que corria em sua direção. “Alcancei ele na escada. Não pensei em mais nada, só em salvar meu irmão”, relatou. Ele ajudou Genivaldo a ir até a casa da dona da pensão, do outro lado do pátio, e telefonou pedindo ajuda à Polícia Militar pelo 190. Enquanto isso, Raimundo, ainda no andar de cima, atirava em direção ao pátio. Os tiros foram ouvidos até pelo atendente do 190.

Vizinhos disseram ter escutado duas baterias de disparos de cerca de três ou quatro tiros cada uma. Isso leva a crer que Raimundo tenha recarregado o revólver em seu ataque de ciúme. Enquanto as atenções se voltavam para o socorro de Genivaldo, a mulher era assassinada na cama dele, pelo alfaiate.

O perito Alcebíades, da Polícia Científica, não conseguiu precisar a causa da morte da mulher em exames preliminares, mas no IML foi constatado ferimento por arma de fogo.

Depois de matar a mulher, Raimundo desceu as escadas e tomou as ruas, vestindo calça jeans e blusa azul. O sargento Mendes e o soldado Amaral, do 12.º Batalhão da Polícia Militar, colheram as primeiras informações, enquanto seus colegas procuravam o assassino nas redondezas.

Ciúme

Os irmãos chegaram de Recife (PE) há dois meses. Nesse período Genivaldo teria dormido uma noite com a mulher, que, segundo informações dos moradores da pensão, encontrava com seus clientes no Passeio Público. Porém, ele não sabia que ela já tivera um caso com Raimundo. Acredita-se que o alfaiate tenha sentido ciúme de a mulher ter entrado no quarto de seu vizinho.

Genivaldo foi encaminhado consciente para o Hospital Evangélico, pelos socorristas do Siate. Sobre a mulher pouco se sabia. Comentou-se que ela seria moradora no São Bráz e teria três filhos, mas ninguém conhecia seu nome ou apelido. Ela estava vestida com um agasalho de veludo cinza, usava sandálias de salto alto e era morena clara, com cabelos pretos e olhos castanhos. Seu corpo está no IML, onde aguarda identificação.

Os investigadores Ana e Vladimir, da Delegacia de Homicídios, atenderam à ocorrência, ouvindo testemunhas e colhendo pistas para encontrar Raimundo.

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