Um mês e meio depois de dois agentes penitenciários serem mortos a tiros na porta de suas casas, em Curitiba, a categoria fez uma grande mobilização no Paraná, quinta-feira e ontem. A campanha “Agente Sangue Bom”, contou com a doação de sangue de aproximadamente 650 profissionais. A iniciativa, segundo o Sindarspen (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná), ocorreu por causa das constates ameaças contra a categoria.
“Desde que a Polícia Civil divulgou que havia prendido oito pessoas envolvidas nos assassinatos dos dois agentes em março, nenhum passo foi dado adiante. Temos a sensação de que está tudo parado”, reclamou Antony Johnson, vice-presidente do Sindarspen.
Os agentes Wilmar Prestes da Silva e Valdeci Gonçalves da Silva, foram assassinados no Boa Vista e na Cidade Industrial, em 13 e 18 de março. A assessoria da Secretaria da Segurança Pública disse que as investigações continuam, mas não divulgou nenhuma informação, nem os nomes dos suspeitos, detidos em um grupo de oito pessoas.
Salário
Na manhã de ontem, os sindicalistas se reuniram com representantes do governo para negociar reajuste salarial, melhores condições de trabalho e valorização profissional e outras reivindicações. Eles exigem aumento de 23% sobre o adicional de atividade penitenciária (AAP), que a Secretaria de Administração de Previdência anunciou no mês passado, mas que até o momento, não teria sido autorizado pelo governador Beto Richa. Ficou decidido que o governo deverá responder as reivindicações até 14 de maio. A categoria não descarta paralisação, caso não seja atendida.