Agentes penitenciários que atuam na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), paralisaram as atividades durante a manhã de ontem. A paralisação só terminou depois que os agentes, que realizaram uma manifestação para pedir maior segurança no local, entraram em acordo com a direção da penitenciária, que teria assumido, em nome da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), o compromisso de que todos os postos ocupados por policiais militares na PCE seriam mantidos.
Os agentes pediam que o governo do Estado lhes garanta a manutenção de um efetivo mínimo de trinta policiais militares para atuar na segurança interna da PCE, por turno de trabalho.
“Em 2001, houve uma grande rebelião na PCE, o que fez com que policiais militares começassem a atuar no local. No início deste ano, veio uma decisão da Sesp de que os policiais militares seriam retirados”, comenta o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, José Roberto Neves.
Com a rebelião do último mês de janeiro, de acordo com José, foi colocada uma guarnição de oitenta policiais por plantão. Porém, agora, surgiu um boato de que haveria uma redução para apenas doze policiais. “Não sabemos se este boato é verdade ou não, mas estamos bastante preocupados com nossa segurança”.
Na última sexta-feira, a Sesp informou que o efetivo de apoio de 70 policiais foi designado para PCE devido às condições vulneráveis verificada na estrutura da penitenciária depois da última rebelião. Segundo o órgão, após as reformas de reparo da estrutura, tal efetivo não seria mais necessário.