Agentes penitenciários do Paraná fizeram uma manifestação, ontem de manhã, na Praça Santos Andrade, em Curitiba. Eles estão sob indicativo de greve desde o último dia 6 e podem paralisar suas atividades na próxima semana, caso não tenham suas reivindicações atendidas pelo governo do Estado.

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Uma das principais queixas da categoria diz respeito ao porte de arma. Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná, Ademildo Passos Correia, existe uma lei federal que concede porte de arma aos agentes fora do horário de serviço. Porém, no Paraná, a mesma não foi regulamentada.

“Trabalhamos diariamente junto aos presos. Muitos, quando saem da prisão, podem querer se vingar do governo, da Justiça ou do sistema penitenciário, atingindo os agentes. Para muitos detentos, os agentes são seus algozes. Nas ruas, ficamos desprotegidos”, comenta Ademildo.

Os agentes também querem que haja reajuste do adicional de atividade penitenciária. “Temos nosso salário-base e recebemos mais R$ 1.550 mensais de adicional de risco. Este adicional foi criado em 2004, mas desde então não sofreu nenhum reajuste. Queremos que ele seja descongelado, o que evitaria que nossos salários continuassem em declive”.

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Atualmente, os agentes penitenciários têm 36 horas de descanso para cada doze horas trabalhadas. Eles também querem que a escala passe a ser de 24 horas de descanso para cada 72 trabalhadas.

No final da tarde de ontem, houve uma reunião entre os agentes penitenciários e o governo do Estado. Contudo, de acordo com Correia, as partes não chegaram a uma conclusão. Ainda ontem, uma assembleia seria convocada para discutir o que os agentes penitenciários irão fazer. Até o fechamento desta edição, não havia uma decisão.

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