Agentes penitenciários param por 24 horas

Agentes penitenciários do Paraná paralisaram, ontem, suas atividades, pelo assassinato de um agente, na madrugada de segunda-feira, em Londrina. A paralisação afetou 23 unidades.

Em muitas delas, o banho de sol dos presos foi suspenso. De acordo com o Sindarspen, apenas serviços básicos, como alimentação, foram mantidos. Nesta semana, os agentes devem realizar uma assembleia geral para discutir se entram em greve.

“Nosso protesto é contra a falta de segurança nos presídios e por não termos permissão para porte de arma de fogo fora das unidades prisionais”, disse o secretário-geral do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Ademildo Passos Correia. O Paraná, segundo Correia, é um dos poucos estados que ainda não regulamentou o porte de arma aos agentes.

Crime

Walter Giovani de Brito, 26 anos, estava em um carro, com outros dois agentes, quando os três foram abordados a tiros por um motoqueiro. Bruno Manzini, da mesma idade ficou gravemente ferido, e Levino Custódio Júnior, 34, reagiu e atirou no motoqueiro.

Ele foi preso por porte ilegal de arma. Juliano Jadson Lima dos Santos, 21, suspeito de ter atirado, negou o crime. Ele foi ferido e está internado. Segundo a polícia, Juliano não tem ficha criminal.

O secretário estadual da Justiça e da Cidadania, Jair Ramos Braga, disse que o caso ocorrido em Londrina não tem ligação com a profissão de agente. “Os agentes estavam em uma lanchonete e tiveram atrito com uma pessoa.” Segundo ele, das quatro mortes que ocorreram nos últimos anos, em três delas o agente estava armado.

“Quem tem competência de autorizar o uso de arma é a Polícia Federal, e não a Secretaria de Justiça”, defendeu Braga. De acordo com o secretário, há 80 processos administrativos contra agentes penitenciários.