Os agentes penitenciários do Paraná marcaram para a próxima quarta-feira (22) um ato público em frente ao Palácio do Governo. A intenção da manifestação é protestar contra rebeliões e a falta de segurança que, segundo eles, o Sistema Penitenciário do Paraná enfrenta.
O ato foi marcado depois do fim da última rebelião, na Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), que durou 48h. A rebelião teve o maior número de reféns até agora, com 13 servidores e presos que cometeram crimes sexuais.
Todos os reféns sofreram agressões físicas e psicológicas. Os agentes precisaram ser hospitalizados e o Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), proibido de fazer greve, resolveu protestar.
Para a vice-presidente do Sindarspen, Petruska Sviercoski, o governo precisa agir e enxergar a situação que se encontra o sistema penitenciário. “Até quando os agentes vão sofrer com esse tipo de pesadelo e o governo vai fechar os olhos? Precisamos de uma atitude imediata, não podemos prorrogar os problemas”, disse Petruska.
Segundo a vice-presidente do Sindarspen, não é de hoje que os agentes convivem com a falta de segurança. “Há meses temos denunciado a crise que se encontra o sistema e o governo finge que nada acontece. Diante disso, tínhamos marcado greve para o dia 29 de setembro, mas a mobilização foi barrada por uma liminar do Tribunal de Justiça do Paraná, que nos impediu de parar as atividades”, explicou. O sindicato recorreu da decisão do TJ-PR e aguarda julgamento.
A Penitenciária Estadual de Guarapuava apontada como modelo foi construída há 15 anos. Possui a capacidade para 240 vagas e está com 239 presos. Os presos podem trabalhar e estudar na unidade. O motim teve início na manhã de segunda-feira (13) e terminou terça-feira (15) por volta das 11h.