Insatisfeitos com as condições de trabalho nas unidades prisionais, os agentes penitenciários realizam na quarta-feira uma assembleia e não descartam uma paralisação. O presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Antony Johnson, destacou mais uma vez que a categoria pede providências para a superlotação nas penitenciárias.

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“Agora é cobrar da Seju providências. Até quando vai ficar essa superlotação? Com rebeliões acontecendo, sem segurança pros agentes e pros presos? É horrível isso aí”, questionou. “As rebeliões são a prova de que o encarceramento em massa não dá certo”, completou o defensor público Henrique Camargo Cardoso, que acompanhou as negociações.

Isabel, da OAB, concorda com a reivindicação dos agentes. “Este é um modelo falido. Está mais que provado que o encarceramento não dá resultado”, criticou ela que contabilizou apenas neste ano 10 rebeliões, mesmo que pequenas, em Curitiba e Região Metropolitana e pelo menos outras 10 no interior do estado. A coordenadora também destacou a atuação da PM na condução das negociações.

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Em nota, a Seju afirmou que “o grande porte dos presídios como os de Cascavel (PEC), Cruzeiro do Oeste (PECO) e Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP II) com capacidade para mais de 1.000 presos é um fator que gera complexidade no controle de rebeliões”.

Além disso, uma “ampla investigação sobre todos os motins e rebeliões que aconteceram no Paraná nos últimos meses já está em curso”.

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