Agentes do FBI treinam policiais para casos de criminosos seriais

Policiais do Paraná e de outros Estados são treinados, nesta semana, por uma equipe do Federal Bureau of Investigation (FBI). A Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp) promove, a partir desta segunda-feira (26), por meio da Escola Superior de Polícia Civil, em parceria com o FBI, o seminário e o curso Internacional de Técnica de Investigação Policial ? da cena do crime ao perfil do criminoso. Esta é a primeira vez que este curso é realizado no Brasil. A técnica é usada também no Canadá, Grã-Bretanha e Holanda, entre outros países, além dos Estados Unidos.

?No Paraná, alguns de nossos policiais já têm trabalhado com pesquisa de casos de possíveis criminosos seriais, mas queremos profissionalizar esta atividade, para que possamos, com maior rapidez, solucionar problemas desta natureza. Nossa intenção é capacitar cada vez mais nossos profissionais e fornecer ferramentas cada vez mais arrojadas para investigar e prender criminosos de alta periculosidade?, disse o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.

Nesta segunda-feira (26), 150 pessoas, entre elas policiais civis, juízes, promotores, delegados, comandantes da polícia militar, policiais federais e profissionais da polícia científica participaram do seminário, no Hotel Four Points Sheraton. Este seminário fornecerá aos participantes uma noção geral de como funciona a técnica de investigação utilizada pelo FBI, para traçar o perfil de possíveis criminosos violentos reincidentes.

Durante a manhã, David Brassanini, representante do FBI na embaixada dos Estados Unidos no Brasil, falou sobre a estrutura organizacional do FBI. ?Nosso esforço é fortalecer o trabalho que já vem sendo desenvolvido há algum tempo com o governo brasileiro. Esta semana é só começo para futuramente virmos ensinar novas técnicas?, disse.

Ainda durante a manhã, a delegada da Polícia Civil do Paraná, Márcia Tavares dos Santos, falou sobre os crimes seriais no Brasil e citou o caso de José Airton Pontes, preso em 2005 pela polícia paranaense e investigado posteriormente pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride). Na época, Pontes confessou ter matado pelo menos 30 crianças em diversos estados do Brasil. ?Foi com este caso que sentimos a necessidade de estabelecermos novos padrões no Paraná para aperfeiçoarmos este tipo de estudo. Descobrimos que o FBI tem ferramentas e método avançados e, a partir daí, começamos a negociar este curso?, disse o diretor da Escola Superior de Polícia Civil, delegado Cláudio Telles.

No período da tarde, Brad Bryant, coordenador do Vicap Overview, setor do FBI que trabalha traçando perfis de criminosos perigosos, explicou como funciona esta ferramenta nos Estados Unidos.

Já a partir desta terça-feira (27), até sexta-feira (30), acontece o curso sobre o mesmo tema, na Escola Superior de Polícia Civil. Serão aulas mais aprofundadas sobre o assunto. Participarão 44 policiais civis paranaenses, entre delegados e investigadores, 21 representantes de estados brasileiros e cinco representantes da Polícia Federal. Serão abordados temas como investigação de assassinatos em série, investigação de crimes sexuais e crimes contra crianças.

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