Nilton tombou com um tiro
transfixiante no peito.

Vingança é a principal hipótese com a qual a polícia trabalha para apurar o assassinato do agente penitenciário Nilton Lopes, 40 anos, ocorrido no final da tarde de ontem. Ele foi morto com um tiro no peito quando trabalhava como segurança em frente a Lotérica Marumbi, situada entre as ruas Anna Kloster Guimarães e Eunice Bettini Bartoszeck, no Uberaba. Suspeita-se que o assassino quisesse matar um policial militar e teria se confundido ao atirar no agente penitenciário.

Pouco depois do crime, os soldados Taborda e Deyna, do Regimento de Polícia Montada, detiveram sete pessoas em uma casa na invasão Icaraí, também no Uberaba. Na residência, foram apreendidos três revólveres, calibres 38, e um, calibre 357, de uso da Polícia Mililiar, além de R$ 163,00 e um pouco de maconha. Diego Rodrigo Sampaio Rodrigues, 23 anos, Davi dos Anjos Silveira, Edimar Bandeira e Alexandre dos Santos, de 19; Márcio André da Silva, 18, Leandro Aparecido Bandeira, 21 (irmão de Edimar), e Paulo Alexandre Miranda da Silva, 21, são suspeitos de ter participado do assassinato.

O crime aconteceu por volta das 17h30, quando Nilton estava na frente da lotérica, que funciona ao lado de um salão de beleza. De acordo com uma cliente do salão, a ação dos bandidos foi muito rápida. A testemunha, que preferiu não se identificar, contou que estava passando em frente aos estabelecimentos quando ouviu um tiro e ao virar-se avistou dois homens entrarem em uma camioneta Fiat, de cor branca, e fugirem em alta velocidade. Em seguida avistou Nilton caído em frente à lotérica, segurando uma arma. Segundo a mulher, um dos bandidos estaria usando uma touca e outro teria cabelos compridos. O terceiro estava ao volante.

De acordo com a perita Vilma, do Instituto de Criminalística, o agente penitenciário foi morto com um único tiro no peito, que transfixou suas costa e chegou a atingir a porta de vidro do salão.

Vingança

Segundo o investigador Muller, da Delegacia de Furtos e Roubos, em princípio, foi informado que se tratava de latrocínio (roubo com morte), mas ao chegar no local esta hipótese foi descartada. “Os bandidos não chegaram nem a entrar na lotérica ou dar voz de assalto. Simplesmente atiraram e foram embora”, contou o investigador.

Nilton morreu segurando uma pistola calibre 380 nas mãos e, junto ao corpo, os policiais encontraram um documento que o identificava como agente penitenciário, o que faz a polícia acreditar que ele tenha sido assassinado por vingança. Para o aspirante Guimarães, os detidos prometiam vingança contra um policial militar, qualquer que fosse, devido à morte de um integrante do grupo conhecido por “Coração”, ocorrida na semana passada.

O veículo Fiat Strada, roubado dois dias antes, foi abandonado próximo ao Parque Peladeiro, na Vila Solitude. Diego e Paulo foram reconhecidos como os ladrões do carro. Todos os detidos foram encaminhados ao 8.º Distrito Policial (Portão).

continua após a publicidade

continua após a publicidade